Haddad ataca Bolsonaro, avalia desafios do PT e defende frente ampla

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Ex-ministro da Educação, ex-prefeito de São Paulo e ex-candidato a presidente pelo PT em 2018, quando foi derrotado por Jair Bolsonaro, Fernando Haddad foi o convidado do programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (6/7). Entre as ácidas críticas ao hoje presidente da República, defendeu a formação de uma frente ampla contra o rival da última eleição e admitiu que o PT, antes de pensar em vencer a eleição de 2022, precisa descobrir o que tem que fazer “para recuperar credibilidade” que perdeu “junto a uma parcela do eleitorado”.

Haddad usou como exemplo a avaliação de que, em 2018, setores do PT custaram a entender que estavam perdendo eleitores evangélicos. Para o ex-presidenciável, sempre apontado como possível candidato novamente ao Planalto em 2022, houve “penetração de um pensamento conservador” na periferia, que antes era mais “progressista”.

“Não tinha nenhum problema o PT perder as eleições de 2018. O problema é que o país saiu perdendo quando alguém que ameaça à democracia chegou ao poder”, afirmou. “O que a gente precisa agora é se unir. A gente quer criar um ambiente em que não se repita o cenário de 2018. porque todos os democratas pressupõem e democracia, mas não foi o que aconteceu na época.”

O petista então fez uma lista de ações que identifica como parte de um “método fascista” usado por Bolsonaro no governo, como a prática das fake news; o que identificou como uso sádico e pervertido da sexualidade; o uso da religião, embora sem a compreensão do que significa o cristianismo; e a negação da ciência.

Haddad atacou fortemente a gestão de Bolsonaro na crise do coronavírus. “Não sei se é sadismo, se é só falta de empatia, se é uma demonstração tola de autoridade, não sei. Eu não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa tão desequilibrada quanto o Bolsonaro”, afirmou, ao avaliar sobre os vetos de Bolsonaro na lei sobre o uso de máscaras no país.

Para o petista, o país perde vidas e empregos com a forma de Bolsonaro de lidar com a pandemia.

Haddad afirmou que não crê na versão “paz e amor” do presidente, mais calado e contido, menos estridente, desde a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro Fabrício Queiroz e as ações contra os militantes e parlamentares bolsonaristas ordenadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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