A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (29), a Operação Carranca para investigar exploração ilegal de madeira nos municípios de Brasil Novo, Medicilândia e Uruará, localizados no interior do Pará. Segundo os investigadores, o esquema contava com fraudes em guias florestais e corrupção de servidores públicos, entre eles policiais e funcionários das secretarias municipais de Meio Ambiente.
Cerca de 100 agentes cumpriram 14 mandados de medidas cautelares diversas da prisão, 7 mandados de afastamento do emprego ou função pública, 4 mandados de suspensão da atividade de natureza econômica, 7 mandados de sequestro de bens e 25 mandados de busca e apreensão.
As ações foram realizadas nas cidades de Uruara, Altamira, Belém, Brasil Novo, Marabá e Novo repartimento.
Durante as buscas, os investigadores encontraram o celular de um ex-secretário municipal de meio ambiente de Uruará dentro de um vaso sanitário.
Segundo a corporação, o nome da operação se refere a um tipo de escultura robusta produzida em madeira, que afasta maus espíritos. “A operação Carranca busca afastar os maus que devastam a floresta amazônica brasileira”, diz a PF.
Investigação
A Polícia Federal apontou que a investigação teve início no primeiro semestre de 2016, a partir de denúncias da extração ilegal de madeira no município de Brasil Novo. Com o avanço das apurações, foram identificados grupos que atuavam em todas as etapas da cadeia produtiva da madeira: extração, serragem, falsificação de documentos, fiscalização, transporte e compra da madeira ilegal.
Os investigadores dividiram o grupo criminoso em 4 núcleos, conforme sua atuação no esquema investigado. Os grupos são compostos por madeireiros de pouco poder aquisitivo; madeireiros de alto pode financeiro; funcionários públicos e profissionais como engenheiros e advogados e, por último, policiais.(Estadão Conteúdo)
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