Secretaria da Saúde de Sorocaba decide limitar uso de Tamiflu

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Secretaria da Saúde de Sorocaba decide limitar uso de Tamiflu
Há falta do remédio em Sorocaba. Crédito da foto: Divulgação

Sorocaba pode ficar com os estoques zerados do medicamento Oseltamivir, mais conhecido como Tamiflu. Por conta do desabastecimento, a Secretaria de Saúde (SES) decidiu limitar o uso do composto, que é utilizado no tratamento de pacientes infectados pelo vírus H1N1 e acometidos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). A última leva do antiviral foi recebida em 13 de julho pelo município.

A Prefeitura de Sorocaba informou que atualmente a cidade teria apenas 77 caixas de Oseltamivir 30mg, indicado a crianças. Além disso, outras 63 caixas de Oseltamivir 75mg recomendado para uso adulto. Assim, não há uma previsão de até quando haverá estoques disponíveis para os pacientes da rede municipal.

Tamiflu e grupos de risco

Conforme adiantou o jornal Cruzeiro do Sul, na última segunda-feira (10), a SES divulgou uma instrução normativa para os médicos que atendem na rede municipal de saúde. O governo pede o uso limitado do medicamento a pacientes classificados no “grupo de risco”.

De acordo com orientações, a prescrição do composto só será permitida mediante a apresentação de um Formulário para Dispensação do Medicamento Oseltamivir no período máximo de cinco dias de tratamento.

Contudo, a orientação técnica lista 13 condições que podem agravar os casos de síndrome gripal. Entre eles, pacientes com idade superior a 60 anos, crianças de até cinco anos, cardiopatas, imunossuprimidos entre outros. Mas, estes devem ser priorizados na prescrição.

Para o médico infectologista e professor da Faculdade de Medicina da PUC em Sorocaba, Fábio Miranda Junqueira, a prescrição precisa seguir alguns critérios essenciais.

Tratamento da influenza

“É uma decisão acertada reservar o Oseltamivir para os casos mais graves, aqueles classificados como grupo de risco, mas não se deve sair usando o medicamento em todo mundo”, avalia o professor universitário.

O médico infectologista e professor PUC SP, Carlos Alberto Lazar, salienta que o composto utilizado no tratamento da influenza não tem nenhuma eficácia contra o novo coronavírus.

“As pessoas ficam assustadas e muitas vezes querem tomar o medicamento até nos casos suspeitos de Covid-19. É como se ele pudesse tratar esse tipo de vírus, porém não há nenhuma comprovação científica que ele mate o Sars-Cov-2. Já no caso do H1N1 nós temos”, justifica o professor. E ele complementa: “Agora o ideal mesmo é a vacinação. A vacina é fundamental para combater a influenza”. (Wesley Gonsalves)

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