Atrizes famosas como Alice Wegmann, Giselle Itié e Julia Konrad, entre outras, têm usado as redes sociais para apoiar menina de 10 anos, vítima de estupro, que teve a gravidez interrompida de forma legal nesta segunda-feira (17/8). Elas defendem o direito da criança ao aborto legal, independenmente da pressão de grupos religiosos que se autonominam “pró-vida”.
No Brasil, o aborto é permitido em casos de gravidez decorrente de estupro, casos nos quais há risco de vida para a mãe ou anencefalia do feto (decisão de 2012 do Supremo Tribunal Federal). Julia, Alice e Giselle compartilharam fotos de suas infâncias, para recordar como eram na mesma idade da garota capixaba e defenderam em suas redes sociais o direito ao procedimento que foi realizado em Recife, capital de Pernambuco, porque os médicos do Espírito Santo se recusaram a fazê-lo.
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“Com 10 anos ainda se brinca de pique, de boneca, de videogame. com 10 anos se inventa coreografias, se lê, se faz desenhos. o único dever da criança é ser criança. parem de roubar o corpo, a saúde e os direitos de meninas e mulheres. só assim se diminui o aborto”, escreveu Alice Wegmann.
“Essa sou eu com 10 anos. Fui procurar uma foto para lembrar como era ser uma menina de 10 anos de idade e, quando a gente traz para perto, internaliza, a revolta cresce. Por que temos hoje protestos de grupos religiosos, na frente de uma maternidade, condenando o aborto que deve ser feito para salvar a vida de uma menina de 10 anos, abusada desde os seis pelo próprio tio, que está grávida? A lei garante o aborto em caso de estupro e em caso de risco de vida da gestante”, questionou Julia no início de seu discurso.
“Eu, dez anos de idade, menina de tudo que só sabia ser criança. Minha irmã, seis anos, recém menina de tudo que só sabia ser criança. É inacreditável como esses fundamentalistas religiosos esbravejam e expõe uma criança para que ela seja obrigada a parir”, considerou Giselle Itié.
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