O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta sexta-feira (2) que 30 milhões de doses da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford, em parceria com a Astrazeneca, estarão disponíveis no País a partir de janeiro.
A nova data é um adiamento do cronograma inicial. Isto é, a primeira metade de unidades chegaria ainda em dezembro e a segunda, no primeiro mês de 2021.
Em entrevista à CNN Brasil, o ministro destacou, contudo, que mesmo com a entrega, o processo de imunização depende do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Anvisa e a vacina contra Covid
“Uma vez aprovada a vacina com registros internacionais, cabe à Anvisa, portanto, certificar no Brasil. Quanto à velocidade da certificação e aceleração de fases, eu não tenho essa posição hoje, pois é específica da Anvisa. Assim que tivermos
a vacina e a autorização, começamos a vacinar”, disse Pazuello.
Na quarta-feira (30), o gerente-geral de medicamentos e produtos biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes Lima Santos, afirmou, também em entrevista à CNN, quando questionado sobre a data para o lançamento da vacina no País: “A Anvisa não se compromete com prazo, mas só libera quando tiver segurança e qualidade bem estabelecidas.”
Segundo Mendes, a análise do registro da vacina da Universidade Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca, o primeiro desse tipo no País, deve durar até 60 dias. Em situações normais, esse período é de um ano. Entretanto, ele pontuou que um prazo menor não interfere na qualidade da avaliação.
Vacina para toda a população brasileira
“A iniciativa de otimizar os processos administrativos não significa a redução dos critérios técnicos, que são
baseados em três pilares: segurança, qualidade e eficácia”, disse em entrevista à rádio CBN, nesta sexta-feira (2).
Sobre a distribuição da vacina após a aprovação pelo órgão, Pazuello reiterou que a imunização estará disponível para toda a população por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
“É importante deixar claro que todas as vacinas que o SUS adquirir fazem parte do PNI (Programa Nacional de Imunização). Por isso, serão para todos os brasileiros”, afirmou o ministro da Saúde.
Brasil registra mais mortes por Covid
O Brasil registrou 708 mortes por Covid-19 em 24 horas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde nesta sexta-feira (2).
Com isso, o total de óbitos pela doença no País chega a 145.388. Em 24 horas, foram registrados 33.431 novos casos da Covid-19, elevando o número total de ocorrências no País para 4.880.523.
Mais de 30 mil índios
O total de casos confirmados de Covid-19 entre indígenas chega a 34.608, de acordo com levantamento feito por uma frente formada exclusivamente para acompanhar o avanço da doença.
Na última atualização do balanço, também são informadas 836 mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus, causador da doença.
A frente, da qual participam entidades como a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) e a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), informa que foram identificadas transmissões e óbitos em
158 dos 305 povos indígenas que vivem no país. Ou seja, as contaminações já atingiram a maioria (51%). (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)
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