“Sou daltônico: todos têm a mesma cor”, diz Bolsonaro negando racismo

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Ao final de um dia em que os olhares do Brasil estiveram voltados para a morte de João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, ocorrida na noite dessa quinta-feira (19/11), após ser agredido por dois seguranças de um supermercado Carrefour em Porto Alegre (RS), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi às redes sociais onde falou, ainda que de maneira velada, sobre racismo.

Em uma série de tuítes, o presidente dá a entender que o racismo não é o maior problema nacional, colocando a “corrução moral, política e econômica” como o “grande mal do país”.

Na última postagem, Bolsonaro afirma: “Sou daltônico: todos têm a mesma cor”

Veja:

Chama a atenção um dos posts do presidente – que em nenhum momento se refere ao assassinato de João Alberto – em que ele diz que “problemas como o da violência são vivenciados por todos, de todas as formas”. 

Confira:

Principais vítimas

A declaração do presidente não condiz com o que aponta o Atlas da Violência 2020 (leia aqui), produzido e lançado em agosto pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).

Segundo o levantamento, cada vez mais os negros são as principais vítimas de assassinatos no Brasil. Entre 2008 e 2018, as taxas de homicídio apresentaram um aumento de 11,5% para os negros.

Nesse período, o índice saltou de 34 para 37,8 mortes para cada 100 mil habitantes pretos ou pardos. Em 2018, 75,7% das vítimas de homicídios eram negras.

Para Bolsonaro, “existem diversos interesses para que se criem tensões entre nosso próprio povo”.


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