O Ministério da Saúde informou, nesta sexta-feira (27/11) que, assim que for aprovada, uma vacina contra Covid-19 não deve ser oferecida para toda a população no próximo ano, mas apenas para grupos de maior risco de exposição e complicações pela doença.
A pasta está trabalhando na construção de um plano nacional de imunização. Um documento preliminar deve ser compartilhado com especialistas e secretários de Saúde na próxima terça-feira (1/11).
As informações foram dadas em coletiva de imprensa na sede da pasta. No mesmo encontro, representantes do Ministério da Saúde fizeram ataques à defesa do isolamento social, na contramão do recomendado por outras entidades na área da saúde.
“Definimos objetivos para a vacinação, porque não temos uma vacina para vacinar toda a população brasileira. Além disso, os estudos não preveem trabalhar com todas as faixas etárias inicialmente, então não teremos mesmo como vacinar toda a população brasileira”, disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francieli Fantinato.
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, disse que a oferta para públicos específicos não significa que as outras pessoas não estarão protegidas.
“O fato de determinados grupos da população não serem imunizados não significa que não estarão seguros, porque outros grupos que convivem com aqueles estarão imunizados e dessa forma não vão ter a possibilidade de se contaminar”, afirmou.
Ele comparou a estratégia da vacina contra a Covid-19 com a das campanhas de vacinação contra a gripe, também voltadas a grupos de maior risco de exposição e complicações pelo vírus.
“Nossa meta é vacinar 80 milhões de brasileiros por ano, não falamos em toda a população”, afirmou. Segundo ele, a mesma discussão ocorre em outros países.
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