O prefeito reeleito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), justificou o aumento de 46% de seu próprio salário afirmando que a medida foi tomada para não deixar o teto do funcionalismo público defasado e, assim, perder servidores. A declaração ocorreu na noite desta segunda-feira (28/12), durante entrevista à GloboNews.
“Durante este período de 8 anos, a inflação foi de 60 a 100%, dependendo do valor que é considerado. O salário mínimo aumentou, neste período, 68%. O valor do salário dos professores na rede municipal aumentou 80%. Então, hoje o teto está defasado. É um teto de R$ 24 mil”, argumentou.
A lei que autoriza o aumento salarial do Executivo municipal foi aprovada pela Câmara com placar de 34 votos a favor, 17 contrários e uma abstenção.
O último reajuste ocorreu em 2012 e o congelamento era entrave para a elite do funcionalismo público receber aumento, uma vez que o salário do prefeito é o teto dos servidores municipais. A lei foi assinada na véspera de Natal e aumenta o salário de R$ 24 mil para R$ 35 mil.
“E por que é ruim para a cidade de São Paulo ficar com teto defasado? Porque algumas carreiras que recebem pelo teto, como é o caso dos auditores fiscais, começam a se preparar para concursos para ir trabalhar no governo federal e outros governos municipais e ou estaduais. E nós vamos perdendo esses servidores que recebem pelo teto”, prosseguiu.
Além do prefeito, os salários do vice-prefeito eleito, Ricardo Nunes (MDB), e dos secretários municipais também tiveram aumentos de 47% e 53%, respectivamente, passando dos atuais R$ 21,7 mil para R$ 31,9 mil no primeiro caso e R$ 19,3 mil para R$ 30,1 mil no segundo.
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O prefeito Bruno Covas
Agência Brasil
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Foto: Reprodução/ Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Reprodução/Instagram
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Bruno Covas (PSDB)
Reprodução
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Ele assumiu o cargo após o atual governador, João Doria, disputar as eleições em 2018
Reprodução
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