GDF vai abrir mais 28 leitos de UTI para conter o avanço da Covid-19

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Além dos cinco já anunciados, Secretaria de Saúde confirma outras 23 vagas nos hospitais de Samambaia e no de Campanha da Polícia Militar

Preocupada com um possível aumento de infecções mais severas no período posterior ao Carnaval, a Secretaria de Saúde anunciou a disponibilização de um novo lote de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para pacientes com Covid-19 no Distrito Federal.

Até esta quarta-feira (24/2), serão mais 23 vagas. A maior parte, instalada no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), hoje unidade de referência no tratamento da doença. O atual contrato com o Hospital de Campanha da Polícia Militar também será aditivado para ter capacidade de receber mais seis pacientes.

Recentemente, a Secretaria de Saúde já havia confirmado a ativação de cinco leitos de UTI Covid adulto no Hospital Daher, da rede particular, o que ampliou a oferta do serviço para a população local.

A medida é preventiva e busca se antecipar na esperada elevação de casos positivos para o Sars-Cov-2 duas semanas após o feriado da folia. Embora o GDF tenha proibido eventos e festas pagas com concentração de pessoas no Carnaval, várias aglomerações foram identificadas nas regiões administrativas pela Vigilância Sanitária.

Há também a precaução para casos de infectados fora do Distrito Federal, já que muitas pessoas decidiram viajar durante os quatro dias de folga.

Ocupação de leitos

Segundo dados da Secretaria de Saúde atualizados às 16h10 dessa segunda-feira (22/2), 204 dos 287 leitos operacionais de UTI, UCIN e UCI destinados a pacientes da Covid-19 estão ocupados, o que equivale a 71% da capacidade da rede pública. O número inclui todos os leitos que não estão bloqueados.

Na rede privada, 159 dos 206 leitos adultos disponíveis estão ocupados — taxa de 77,18%. Acompanhar a taxa de ocupação dos leitos é uma das formas de medir a evolução da transmissão da doença.

Lockdown descartado

O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou que não planeja se juntar aos prefeitos do Entorno para determinar o fechamento de atividades não essenciais em função da pandemia da Covid-19. “Não pretendo fechar nada”, afirmou à coluna Grande Angular, nesta segunda-feira (22/2).

As cidades de Goiás vizinhas da capital federal foram colocadas, pelo governo do estado, na área vermelha de contágio do novo coronavírus. Portanto, estão em situação de calamidade. Nesse caso, a recomendação do Executivo goiano é o lockdown.

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