Metroviários do DF adiam greve e movimento deve iniciar na 2ª feira

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O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô) decidiu, em assembleia realizada na noite dessa quinta-feira (15/4), adiar a greve que estava prevista para ter início à meia-noite desta sexta-feira (16/4). A votação da maioria foi para que o movimento paredista tenha início na segunda-feira (19/4).

Desta forma, uma nova assembleia ficou marcada para domingo (18/4), no intuito de verificar se a proposta que será enviada pela direção do sindicato foi aceita. Segundo ficou acordado, o movimento grevista só será revisto se as condições pedidas pelos trabalhadores forem aceitas ou se a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) concordar com a proposta do presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10).

Conforme narrado na assembleia, a ideia do responsável pela Corte trabalhista é que haja a prorrogação dos benefícios do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) que estava vigente, por, pelo menos, mais 30 dias, a fim de que a negociação tenha continuidade com mais calma.

Nova proposta da empresa

O Metrô-DF formalizou, na noite de quarta-feira (14/4), mais uma proposta ao SindMetrô, para tentar chegar à assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), mas a proposta foi rejeitada.

Além de todas as cláusulas sociais e benefícios anteriormente acordados, foram acrescentadas à proposta inicial os seguintes itens: prazo de até 30 dias para a implementação da escala 3×2 para os empregados lotados nos postos operacionais das áreas de estações e segurança; pagamento aos empregados enquadrados na função de agente de estação, inspetor de estação e operador de transporte metroviário, que trabalharem integralmente na venda de bilhetes; reajuste conforme o piso salarial e previdência privada.

Segundo o Metrô-DF, as cláusulas haviam sido discutidas em reunião entre a Comissão de Negociação do Metrô-DF e representantes do SindMetrô, porém, não houve consenso. Agora, o Metrô-DF formaliza a proposta a ser apresentada em assembleia e aguarda a resposta do sindicato.

Em nota, a companhia alegou que é inverídica a informação de que o Metrô-DF retirou itens que haviam tido consenso em reuniões anteriores ou rompeu as negociações. “É de conhecimento do Sindicato que as tratativas prévias entre representantes do Sindicato e a Comissão de Negociação do Metrô, em especial as cláusulas financeiras, são submetidas à Diretoria Colegiada e, posteriormente, ao Governo do Distrito Federal, ao qual o Metrô é vinculado, já que a Companhia não tem autonomia financeira”, informa o texto.

O Metrô-DF reiterou o interesse em chegar a um acordo que mantenha benefícios dos metroviários, “desde que os mesmos não atentem contra as leis vigentes e as boas práticas de governança, e não configurem prejuízos à Companhia, especialmente neste momento de pandemia, em que o número de passageiros em circulação caiu de forma drástica”.

O dissídio referente ao acordo coletivo de 2019-2021 segue em tramitação no Tribunal Superior do Trabalho.

Entenda o caso

Os metroviários do Distrito Federal realizaram nova assembleia on-line, na noite de domingo (11/4), para discutir a possibilidade de greve. A maioria dos votos foi favorável à paralisação da categoria – que se inicia, portanto, à meia-noite de sexta-feira (16/4).

O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários (Sindmetrô) afirma que os trabalhadores estão há duas semanas sem auxílio-alimentação. Os debates tiveram início no começo do mês, após o fim da vigência de um dissídio coletivo mediado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), entre os empregados e a direção da Companhia do Metropolitano (Metrô-DF).

O sindicato destacou que se esgotaram todas as tratativas conciliatórias e tentativas de negociação com o Metrô-DF; portanto, o movimento paredista se tornou única alternativa para recuperação dos direitos. 

Outro item solicitado pelo SindMetrô-DF é a manutenção do 13º pagamento do auxílio-alimentação, no valor de R$ 1.275, atual valor mensal do benefício pago aos funcionários. Esse subsídio foi considerado ilegal pela auditoria, pois contraria as normas do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT).

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