O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), defendeu, em vídeo divulgado nesta sexta-feira (7/5), a operação no Jacarezinho, que deixou 28 mortos. Para o político, a ação da polícia foi “fiel” e a reação dos bandidos, “brutal”.
“A reação dos bandidos foi a mais brutal registrada nos últimos tempos. Armas de guerra, prontas para repelir a ação do estado e evitar as prisões a qualquer custo. Em nenhum lugar do mundo a polícia é recebida com fuzis e granadas quando vai cumprir seu papel. Desde o ocorrido, determinei total transparência ao processo”, afirmou o governador.
Ainda de acordo com Castro, foram 10 meses de trabalho de investigação “que revelaram a rotina de terror e humilhação que o tráfico impôs aos moradores. Crianças eram aliciadas e cooptadas para o crime. Famílias inteiras eram expulsas de suas casas e mortas”, considerou.
Veja o vídeo:
O político disse também que conversou sobre a operação com o Procurador-Geral de Justiça, Luciano Mattos, com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, e com o Defensor Público-Geral, Rodrigo Pacheco.
Ação letal
Entre as vítimas da operação, estão 27 moradores do Jacarezinho e um policial. Levantamento realizado pelo Instituto Fogo Cruzado mostra que a ação deflagrada na favela é a mais letal da história do Rio de Janeiro.
Ao justificar o ato, a Polícia Civil disse que a facção criminosa que atua no local age de forma semelhante a grupos terroristas, fazendo até o sequestro de trens da SuperVia. Segundo as investigações, os criminosos têm “estrutura típica de guerra”, com centenas de “soldados munidos com fuzis, pistolas, granadas, coletes balísticos, roupas camufladas e todo tipo de acessórios militares”.
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