Tite comenta alterações e sobre comparar Neymar e Pelé: “Injustiça”

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Tite concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (13/6) após a vitória da Seleção Brasileira sobre a Venezuela, na abertura da Copa América, por 3 x 0. A partida foi marcada pela atuação de Neymar e as alterações feitas pelo técnico na equipe.

As mudanças começaram logo após o intervalo, quando Tite escolheu tirar Renan Lodi e Lucas Paquetá para colocar Alex Sandro e Everton Ribeiro. Depois Gabigol entrou no lugar de Richarlison e, por fim, Fred e Gabriel Jesus saíram para as entradas de Vinicius Jr e Fabinho. Questionado, ele respondeu que está em busca de “alternativas táticas, de posição”.

“O Everton Ribeiro entrou como meia de articulação. No momento da substituição, ele veio para o lado para fazer articulação de lado de campo, como faz na função do Flamengo”, explicou sobre a opção de colocar o capitão rubro-negro no segundo tempo. “Não foi para dar profundidade, foi para dar criação e armação. Para dividir setor com Neymar, tínhamos três jogadores de frente. Era para ter jogador para abastecer os jogadores mais à frente.”

“Ideia inicial é não descaracterizar. Se tu desmonta uma equipe, quebra os links, as conexões, a estrutura que a gente vem montando nos dois sistemas que a gente tem, tu tira a confiança do atleta. Ele vai pro jogo e não joga bem, a avaliação fica prejudicada. De ter sim, ou no transcurso do jogo, como o jogo exige, como jogo pede, inclusive para acelerar o adversário. Tu consegue, vai minando o adversário, que vai correndo, desgastando. Nos nossos jogos, no segundo tempo a gente consegue sempre um número de oportunidades e finalizações maiores do que no primeiro”, esclareceu Tite.

Neymar

O camisa 10 do Brasil deixou seu gol e ainda deu uma assistência no jogo de estreia na Copa América e Tite fez uma revelação: “Foi dito por ele: ‘Quando eu estou bem fisicamente e quando estou bem de cabeça, professor, as coisas acontecem comigo.’ Quando tu tem um jogador com essas virtudes técnicas que ele tem, ele tem um lance pessoal, ele desenvolveu a capacidade da assistência, pé direito, pé esquerdo. Ele fica um jogador imprevisível”, disse.

“Quando a gente consegue acionar ele numa faixa mais adiantada do gramado, ele fica mais protegido, porque ali o adversário fica com medo de fazer uma marcação mais firme uma falta num local importante. Nós estruturarmos a equipe para ele receber menos bolas, mas de uma forma mais eficiente para criação, esse é nosso objetivo.”

Com o gol marcado de pênalti nesta sexta, Neymar passou Zico em números de tentos pela amarelinha e está há dez gols de igualar Pelé. “Não vamos comparar, é injustiça comparar épocas, atletas e números. Existe magnitude de um Zico da vida, que é da minha geração, extraordinário, tem da nossa geração Neymar, extraordinário, logo ali atrás teve Romário, Ronaldo, extraordinários. São etapas, ciclos, momentos que tem que ter cuidado para não compará-los”, opinou o treinador da Seleção.

Tite ainda celebrou a entrada de Gabigol e o gol marcado por ele que consolidou a vitória brasileira, mas evitou falar sobre a titularidade do camisa 21. “Estamos comemorando o primeiro jogo ainda (risos). Estamos felizes com a entrada e participação, a gente também falou que a Copa América ia servir para oportunizar uma série de jogadores, seja começando ou entrando”, afirmou.

A Seleção volta a campo na próxima quinta-feira (17/6), para enfrentar o Peru, às 21h, no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro.

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