O Festival de Veneza chegou ao fim nessa sexta-feira (10/9), após 11 dias de programação, consagrando L’événement como o grande vencedor do Leão de Ouro de Melhor Filme. Dirigido por Audrey Diwan, o filme francês aborda a problemática do aborto ilegal e ausência de direitos das mulheres para com seus próprios corpos.
O enredo é uma adaptação do romance homônimo de Annie Ernaux e narra a história de uma estudante universitária francesa que vê seu futuro profissional ameaçado ao engravidar durante os anos 1960. Sem opções legais para interromper a gravidez, ela decide fazer um aborto ilegal, e precisa passar por uma série de desafios sem o apoio do pai da criança, familiares e amigos.

Cenas do filme ‘L’Événement’, de Audrey Diwan
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Ato, de Bárbara Paz, concorreu esse ano
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Em 2020, Festival de Cinema de Veneza se reinventa para acontecer e driblar pandemia
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“Eu fiz este filme com raiva, com desejo, com minha barriga, minhas entranhas, meu coração e minha cabeça. Me sinto ouvida esta noite!”, discursou a diretora ao receber a estatueta.
O festival ainda premiou a neozelandesa Jane Campion com o troféu de melhor direção pelo filme The Power of the Dog, seu primeiro longa em 12 anos; a atriz Maggie Gyllenhaal ficou com o melhor roteiro por The Lost Daughter, e Penélope Cruz foi eleita melhor atriz por seu papel em Madres Paralelas, de Pedro Almodóvar. Entre os homens, Pablo Sorrentino ficou com o Grande Prêmio do Júri, que rendeu ainda uma honraria dedicada a atores em início de carreira para Filippo Scotti.
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