Já dizia a famosa marchinha de Carnaval escrita pelo compositor Marinósio Trigueiros Filho: “Pode me faltar o amor, só não quero que me falte a danada da cachaça”. Patrimônio do Brasil e conhecida em todos os cantos do país e no exterior, a “pinga” (ou “branquinha”, “caninha” etc) é um dos destilados mais versáteis do mundo alcóolico e pode ser utilizado de várias formas, desde puro até nos mais diferentes preparos e receitas de drinques, pratos tradicionais e sobremesas.
Feita à base do caldo fresco de cana-de-açúcar, a bebida é tão importante para a cultura brasileira que possui até selo de Indicação Geográfica, estabelecida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) em 2001. Desde sua origem, na metade do século XVI, a bebida acompanha a história do país com personalidade, já que expressa a diversidade cultural e geográfica do Brasil justamente por ter seu modo de preparo associado a diferentes lugares, períodos e contextos.
A importância da cachaça é traduzida em números. De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Brasil possui 1,5 mil produtores de cachaças registrados. Anualmente, são produzidos mais de 1 bilhão de litros do destilado, com uma movimentação de R$ 10 bilhões na economia.
“A cachaça é a única bebida que representa o Brasil como um todo”, comenta o mixologista especializado em preparos com cachaça Victor Quaranta. Segundo ele, ela é tão brasileira que “até os barris em que ela é envelhecida são feitos com madeiras daqui”.
Além da brasilidade, Victor ressalta a versatilidade da bebida. “Temos um leque muito grande de possibilidades. Dá pra tomar pura, misturar com diversas opções de frutas e investir em misturas inusitadas. Além de ser muito democrática, pois até as muito boas não são muito caras”, aponta.
De acordo com o profissional, é um destilado que ainda sofre muito preconceito. “Eu aprendi a gostar de cachaça tarde e descobri que era uma bebida incrível e que ainda sofre muito preconceito por conta das opções populares. Normalmente as pessoas pagam 60 reais num uísque popular e não pagam esse mesmo valor numa cachaça brasileira de excelente qualidade“, lamenta.
Por fim, Quaranta diz que o que não pode faltar num drinque com cachaça é o limão (seja ele qual for) e frutas da estação.
Pensando no tanto que a cachaça é querida dentre os brasilienses, o Metrópoles elencou nove bons drinques com o destilado para experimentar no Distrito Federal. Confira:
A Feira 704
No A Feira 704, duas opções figuram o menu: o Faz Biquinho (R$ 22,90), que leva cachaça envelhecida, água de mel, limão, pimenta biquinho, bitter artesanal e gelo; e o Galo da Manhã (R$ 22,90), feito com cachaça envelhecida, licor de café, Cynar 70 e gelo.
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Eskina Bar
No Eskina Bar, vale provar o Rua Carlos Cachaça (R$ 23), feito com cachaça, xarope de gengibre, capim cidreira, limão siciliano e água com gás.
Mandaka
No Mandaka, a boa pedida é o Cowboy Fire (R$ 34,90), feito com licor de canela Fireball, cachaça envelhecida em barril de madeira umburana, Cajuína, extrato de baunilha, limão taiti e cereja maraschino.
Primo Pobre
A Cai Priminha (R$ 26) é o destaque do Primo Pobre. O preparo leva cachaça de alambique, seriguela, xarope de cumaru, limão, angostura e flor de sal.
Sagrado Mar
O Sagrado Mar, capitaneado pelo chef Marco Espinoza, conta com duas opções: o Sereia (R$ 27), que leva cachaça em infusão de especiarias, cranberry, xarope de framboesa, limão, xarope de frutas vermelhas; e o Margarita Amazônica (R$ 28), com cachaça Ypioca, Cointreau, xarope de cupuaçu, angostura, hortelã e pitada de sal.
SouthSide
No SouthSide, famoso pelos drinques autorais idealizados por Gustavo Guedes, vale experimentar o Guimarães (R$ 33,70), feito com Ypióca 150 (cachaça premium), seriguela, licor bizantino, limão e espuma de cupuaçu com flor de sal.
Vinny’s Pizzeria
A carta de drinques da Vinny’s Pizzeria, assinada pelo premiado mixologista Gustavo Guedes, conta com opções autorais, como o Brasiliano (R$ 31). A bebida leva cachaça premium (5 chaves), maracujá, óleo de pimentas e espuma de gengibre com flor de sal.
A Feira 704
704/705 Norte, bloco E. Telefone: (61) 99521-9808. De quarta a domingo, das 17h à 0h.
Eskina Bar
206 Sul. De terça a quinta, das 17h30 à 1h. Sexta e sábado, das 12h às 2h. Domingo, das 12h às 23h.
Mandaka
QSD 23, lote 2, loja 1, Pistão Sul – Taguatinga. Telefone: (61) 3967-6060. Todos dos dias, das 11 às 23h.
Rua 7 Norte, Ed. Max Mall – Águas Claras. Telefone: (61) 3297-0209. Todos dos dias, das 11 às 23h.
Primo Pobre
203 Norte, bloco D, loja 73. Quarta, das 17h às 00h. Quinta e sexta, das 17h à 01h. Sábado, das 13h à 1h. Domingo, 13h às 23h.
Sagrado Mar
SHIS QI 17 – Lago Sul. De terça a sábado, das 12h às 15h e 19h às 23h59. Domingos, das 12h às 17h.
SouthSide
407 Sul. Telefone: (61) 3541-3722. De terça a quinta das 12h às 15h e das 19h à 0h; sexta das 12h às 15h e das 19h à 1h; sábado das 12h às 16h e das 19h à 1h e domingo das 12h às 16h e das 19h à 0h.
Vinny´s Pizzeria Napoletana
205 Sul, bloco A, loja 27. De terça a domingo, das 17h às 22h40.
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