Familiares da pequena Maria Alice Oliveira Matos, de apenas 2 anos, estão vivendo um drama nos últimos seis meses. Isso porque buscam sem sucesso tratamento na rede pública de saúde do Distrito Federal contra uma infecção que atingiu a menina.
A criança tem um problema conhecido como coloboma auris – malformação congênita que se caracteriza por um pequeno orifício de 1 a 2 mm próximo à orelha (foto em destaque) – e ainda passa por uma infecção bacteriana na área.
Nos meses de luta desde a infecção, Maria Alice já esteve internada pelo menos cinco vezes em três hospitais diferentes, entre eles o Hospital Regional de Taguatinga e o Hospital de Base. Em ambos os casos, a bactéria não foi tratada.
“Perdi a fé de que eles vão fazer algo por ela”, lamenta a mãe da criança, a engenheira civil Ana Yhalle Oliveira Nunes, 29 anos. “Nesta semana saiu um monte de sangue e pus da orelha dela.”
Confira imagens da infecção:
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
Arquivo pessoal
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“Ela foi infectada por uma bactéria hospitalar muito resistente, já entupiram ela de antibiótico, mas não resolveu. Além de terem dado antibiótico errado”, revela.
Moradoras de Taguatinga, a mãe conta que a única forma de tratar o mal congénito seria por meio de uma intervenção cirúrgica, que, no entanto, não pode ser realizada devido à bactéria. “Ela precisa de uma cirurgia, mas para fazer tem que estar sem a infecção. Pois por causa da bactéria, pode virar uma infecção generalizada e ela vir a óbito”, conta.
“Eles ficam jogando ela de um médico para outro e empurrando o problema com a barriga. Por todos os médicos que ela passou, nenhum deles foi capaz de tratar. Eles internam ela, mas quando passam 10 dias, mandam de volta para casa doente ainda”, reclama Ana.
As idas e vindas ao médico em busca de tratamento para a filha são tantas que a genitora ficou desempregada. “Até meu emprego eu perdi, pois vivo em hospital. Ela passa muito tempo internada”, declara. “Ela já tomou quase todos os tipos de antibióticos. Até agora nada faz efeito, nada trata essa infecção e a gente vive com medo.”
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde, responsável pelo Hospital de Taguatinga, e o Iges-DF, que gere o Hospital de Base, mas até a publicação desta matéria não havia recebido explicações. O espaço segue aberto.
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