Desde que entrou para o catálogo da Netflix, em dezembro de 2021, Café com Aroma de Mulher não sai do TOP 1 em 19 países, com mais de 96 milhões de horas visualizadas, de acordo com ranking divulgado pela plataforma. Na lista global, a série com 88 episódios ultrapassa 301 milhões de horas assistidas e ocupa a sexta posição. Os números no streaming provam que a obra do escritor Fernando Gaitán continua arrebatando fãs após quase 30 anos.
Café com Aroma de Mulher é um remake da homônima novela colombiana de 1994. Exportada para diversos países, a versão original do folhetim chegou ao SBT em 2001 e foi reexibida pelo canal de Silvio Santos em 2005. No auge do sucesso no Brasil, o protagonista brasileiro Guy Ecker chegou a participar do Domingo Legal e do programa da Hebe, como lembra Cadu Safner, jornalista especializado em latinidades.
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Na versão atual, a trama segue a mesma: uma colhedora de café e o herdeiro favorito da Fazenda Casablanca se apaixonam perdidamente. Mas o amor não é suficiente para manter o casal unido. O preconceito da família rica e armações dos vilões da novela provocam diversos desencontros entre os amantes.
Mas a série da Netflix traz novidades. “Os personagens que já existiam agora foram potencializados, ganharam uma carga dramática mais condizentes. Os novos trazem para o público debates pertinentes sobre racismo e homofobia, além do dinamismo que a trama ganhou, que se distancia da lentidão dos diálogos da versão original”, elogia Cadu Safner.
Cadu destaca ainda a direção assertiva e externas com cenários belíssimos como pontos altos da produção. “Os atores também estão ótimos em cena, nitidamente se preparam para fazer bonito. Carmem Villa Lobos superou as expectativas no papel de vilã.
Não é de hoje que os streamings modernizam novelas e investem nas telesséries, o que para Cadu Safner é um processo natural. “É um gênero que agrada muito a nós latinos, foi criado por nós, não poderia ser diferente. Falam que as novelas de hoje estão com a mesma plástica das séries, mas vejo o contrário. Estranho seria se as novelas não mostrassem avanço tecnológico. Ao meu ver, as séries estão se mostrando cada vez mais folhetinescas”, conclui.
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