Diretor sobre série de Romário: “A maior sobre um jogador de futebol”

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Romário foi um dos grandes personagens do mundo do futebol. Além de ganhar o tetracampeonato mundial com o Brasil, em 1994, ele também foi eleito o melhor do mundo pela FIFA naquele ano. Em 2022, os amantes do Baixinho, assim como outros viciados no esporte, poderão conhecer um pouco mais sobre sua história.

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Isso porque a HBO Max vai lançar, muito provavelmente ainda no primeiro semestre do ano, a série Romário: O Cara, que se espelha na vida de um dos maiores atacantes que já chutaram uma bola. A produção conta com a direção de Bruno Maia e será dividida em seis episódios.


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Maia, inclusive, é CEO da Feel The Match e especialista em marketing. Ao Metrópoles, ele abriu o jogo sobre a série e contou como teve a ideia de produzir a obra. O incentivo final veio da série Arremesso Final (2020), protagonizada por Michael Jordan.

“Quando houve essa produção do Michael Jordan, se criou um grande case de como o esporte podia viver e atrair público para além do jogo ao vivo dos formatos que a gente está acostumado a acompanhar o esporte. Tudo isso se juntou com o meu lado de diretor e eu escrevi uma série sobre a vida do Romário, já que aquela história daria para ser contada em um formato de série, com uma dramaturgia legal por toda a riqueza da vida dele”, revelou.

Depois de escrever toda a história, ele buscou conversar com o Baixinho e recebeu uma resposta positiva. “Escrevemos isso e apresentamos para ele. Desde o início, ele se empolgou muito com o projeto, entendeu como uma homenagem também à história dele, e achou que era bom, já que tinham filhos dele que não o viram jogar. Ele se empolgou e a gente avançou na negociação com a Warner”, afirmou.

Já gravada e nos momentos finais de preparação, a produção contou com uma série de depoimentos de jogadores nacionais e internacionais, como Carlos Alberto Parreira, Bebeto, Roberto Baggio, Pep Guardiola, Neymar, entrou outros.

A maior

“Acho que isso é o grande barato da série e tem sido muito comentado internamente pela Warner. É, talvez, a maior série até agora já feita no mundo de um jogador de futebol. Nenhuma série percorreu essa quantidade de países para mostrar a vida de um jogador de alcance global como o Romário. Foram nove ou 10 nações, com mais de 80 entrevistados e uma produção realmente muito grande sobre a vida de um jogador”

Diferentemente da série sobre Neymar, a obra de Romário vai além das escolhas dele em sua carreira. “A nossa produção vai ser mais biográfica, mais profunda. Realmente passamos muito tempo vasculhando e vendo os arquivos dele nos 5 anos e meio que ele jogou na Holanda, no PSV, que é uma coisa que os brasileiros pouco viram, já que não tinham redes sociais. A gente sabe que o Romário foi um grande jogador, sobretudo lá fora, mas viu pouco. Então, a gente foi buscar todas essas coisas e de como foi essa vida dele, qual o tamanho que ele tinha na Holanda, como que as coisas aconteceram naquela época”, falou.

“Mesmo no Brasil, ele manteve uma média muito alta de gols, foi artilheiro do Brasileirão com 39 anos, mesmo quando o pessoal falava que ele não gostava de treinar, jogou até os 41 anos, fez 1000 gols aos 41 anos. Então, a gente vai poder rever um pouco essa história que, particularmente, eu gosto muito e eu sou muito fã”, completa;

A produção busca redimensionar um pouco o tamanho do Peixe, já que muitos amantes do esporte não o acompanharam a jogar. “O Romário foi um jogador que fez uma escolha muito particular, quando ele atingiu o patamar de melhor jogador do mundo. Ele jogou do jeito que ele quis e a gente vai poder rememorar tudo isso para as novas gerações. Muitos perguntam ‘ah, mas quantas Champions League o Romário ganhou?’ Ele não ganhou porque não quis ganhar. Ele foi o melhor do mundo sem ganhar e decidiu jogar no Brasil”, celebrou Bruno.

Futebol no streaming

Além das produções biográficas, Bruno defende a transmissão ao vivo dos jogos e eventos esportivos. “É fruto de uma área que vem crescendo muito e que eu tenho muito interesse, que é os streamings. Na virada de 2019 para 2020, eu já vinha um pouco sensível a essa perspectiva do crescimento dessas plataformas, que eu acho que vai crescer ainda mais, chegando até a transmissão ao vivo”, pontua.

Entretanto, para Bruno Maia, ainda faltam conteúdos desse tipo nas plataformas. “A percepção desse crescimento e dessa introdução do ao vivo no streaming começou a me motivar a pensar que o futebol poderia chegar no streaming e, uma vez dentro do streaming, você chega na Netflix. Se a Netflix resolver que vai transmitir futebol amanhã, o futebol dura 2h em um dia, que é o tempo do jogo, só que a Netflix vive de você ficar vasculhando pelo catálogo, assistindos às produções que estão lá dentro porque tem mais de 24h de coisa para você consumir”, pontuou.

“Uma pessoa que acessa a plataforma por conta do esporte, não vai encontrar quase nada. Então eu vinha com uma perspectiva de que o esporte tinha muito a crescer porque a gente estava muito fora desse lugar. A produção audiovisual de narrativas, de histórias que não seja a do jogo ao vivo, ou da competição, do esporte estava muito fora do que a gente já vinha vendo de várias outras áreas“, Bruno Maia

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