Izakaya é o nome dado aos bares japoneses, frequentados por quem sai do trabalho e quer relaxar antes de ir para casa dormir. Neles, é pouco comum a oferta de sushis e sashimis. Todavia, os espetinhos de carnes e legumes variados são boa pedida, assim como o ramen, a sopa quentinha que aquece a alma e o coração, friturinhas e preparos no vapor. Em terras brasileiras, ainda é raro encontrar este tipo de estabelecimento. São Paulo é a cidade que concentra a maior parte deles, por ter uma colônia japonesa bastante forte.
Já em Brasília, o único representante é o Sakeyo, sob o comando de Cristiano Komiya. Conhecido por seu trabalho no New Koto, o cozinheiro assumiu para si a missão de abrir o negócio que o pai tanto queria. Era vontade de Ryozo, o japonês que chegou a Brasil para ser o cozinheiro do embaixador daquele país, montar o bar e deixar o comando do outro estabelecimento para o filho. Não deu tempo. Ele faleceu em 2014, mas a ideia nunca saiu da cabeça de Cristiano.
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Até que em 2019, ele aproveitou a oportunidade de uma loja vaga bem ao lado do New Koto e abriu a pequena casa. De ambiente simples, o Sakeyo ostenta alguns quadros com figuras japonesas nas paredes e lembranças de Ryozo, como o uniforme do time de baseball que ela usava quando adolescente. Também estão lá quimonos, sombrinhas e outras recordações da família. Afinal, um bom lugar para se alimentar fora de casa precisa ter comida atrativa, alma e boas histórias para contar.
Atrás do balcão alto está a pequena cozinha, de onde saem pratos como o lamen, cujo caldo é reduzido por 36 horas. O prato vai ainda com barriga de porco, ovo, macarrão, massa de peixe e broto de bambu, por R$ 41. Mas, para começar a minha dica é a porção de guioza, com massa cozida no vapor é recheada por lombo de porco (R$ 27, com 8 unidades), o tofu frito com dashi (20) e as vieiras com shimeji (R$ 52), entradinha “roubada” do New Koto.
Também gosto muito do shimeji com bacon (R$ 28), do karaage (sobrecoxa de frango frito – R$ 28) e do kakuni (barriga de porco cozida com acelga – R$ 36). E ainda tem as robatas assadas na brasa, que vão da berinjela (R$ 18) ao camarão com molho de manteiga (R$ 36), passando pelo quiabo com bacon (R$ 15). Por vezes, tem uni (ouriço), que vai por cima do limão (R$ 40) eu acho uma delícia.
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A porção de guioza da casa
Foto: Luciana Barbo
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Gosto muito do shimeji com bacon (R$ 28)
Foto: Luciana Barbo
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O Sakeyo, é comandado por Cristiano Komiya, conhecido por seu trabalho no New Koto
Foto: Luciana Barbo
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Quem não abre mão dos peixes, precisa provar o atum selado com molho de alho frito (R$ 100) e o sashimi de peixe branco com molho ponzu (R$ 76). Caso queira, o cliente pode pedir itens do New Koto
Foto: Luciana Barbo
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Cristiano Komiya
Foto: Luciana Barbo
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Quem não abre mão dos peixes, precisa provar o atum selado com molho de alho frito (R$ 100) e o sashimi de peixe branco com molho ponzu (R$ 76). Caso queira, o cliente pode pedir itens do New Koto. O menu da outra casa está disponível em QR Code.
Já nos principais, gosto do kare rice (R$ 54), lombo à milanesa com molho de curry servido com arroz; do yakisoba com legumes e carne suína (R$ 52) e do Onigiri (R$ 14, a unidade), de salmão ou ameixa.
De sobremesa, tem mochi (R$ 22), aquele doce de arroz que vai recheado com sorvete. Adoro o de chá verde.
Em suma, o Sakeyo é aquele lugar para apreciar a cozinha que os japoneses consomem todos os dias. Não tem sushi e sashimi, mas tem muito sabor e tradição. Fora que os preços são bem amigos.
Serviço:
Izakaya Sakeyo
CLS 212, bloco C.
Funciona de terça a sábado, das 12h às 15h e das 19h às 22h; domingo, das 12h às 15h.
Instagram: @izakayasakeyo
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