Comandante do Progressistas, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, avalia intervir no partido em São Paulo para obrigar a legenda a apoiar a candidatura do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, ao governo paulista.
Até agora, o diretório do PP no estado tem sinalizado apoio ao atual vice-governador, Rodrigo Garcia (PSDB). O tucano será o candidato ao Palácio dos Bandeirantes apoiado pelo governador João Doria.
A possível interferência de Ciro Nogueira em São Paulo, porém, não se deve ao fato de a sigla querer apoiar no estado um candidato integrante de um grupo de oposição ao governo Jair Bolsonaro no plano nacional.
A preocupação na cúpula do PP é com a chapa de candidatos a deputado federal em São Paulo. Dirigentes nacionais do partido querem que Garcia garanta a filiação à legenda de nomes competitivos à Câmara dos Deputados.
Essa preocupação já chegou ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). A eleição de uma bancada robusta de deputados do PP interessa a Lira, pois ele precisará de apoio para se reeleger ao comando da Casa em 2023.
Poder de decisão
Lideranças do PP ressaltam que a eventual intervenção de Ciro não será para mudar o presidente do partido em São Paulo, o deputado federal Guilherme Mussi. Mas somente no poder de decisão eleitoral do diretório.
A eventual intervenção no Progressistas já é esperada até mesmo por aliados de Rodrigo Garcia, que começaram a se mexer para tentar evitar a perda de apoio a sigla.
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