Atualmente, um dos programas de maior sucesso da televisão atualmente é o Big Brother Brasil. De modo geral, os realitys shows têm feito, cada vez mais, parte da programação: porém, no que depender das gerações mais novas, tudo pode mudar.
Pesquisa realizada pela MindMiners, entre 24 de fevereiro e 1º e março, traz um dado interessante: a Geração Z (formada por pessoas nascidas da metade dos anos 1990 até o início do ano 2010) é a menos assiste ao formato.
Segundo os dados do estudo, que ouviu 1 mil pessoas, apenas 49% dos brasileiros da Geração Z afirmam assitir a realitys shows. Os Millennials (nascidos entre o final dos anos 1981 e 1996) são o público fiel do gênero, com 61% de preferência.
Veja a tabela com a divisão por gerações:
Nathalie Hornhardt, professora da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) e doutoranda em comunicação, avalia que as novas gerações mudaram a forma de consumir audiovisual.
“Eu acho que isso tem a ver com os modos de assistir, as gerações anteriores tinham como parte do seu entretenimento assistir à televisão. Os nativos digitais não são adeptos da tela da TV. As novas gerações não assistem mais TV como fazíamos”, aponta a professora.
Para a espescialista, os jovens também não consomem programas generalistas e preferem produções mais especializadas.
“A gente percebe que tem uma procura de programas mais nichados, realitys shows com foco específico. Eles também têm interesses em programas que estão em outras telas, como nas redes sociais”, aponta Nathalie.
Crise
O BBB, por exemplo, é o programa de maior faturamento publicitário da Globo. Porém, com as novas gerações se monstrando menos afeita ao gênero, a tendência é que a atração perca valor de mercado no longo prazo. A professora Nathalie acredita que estamos vivendo uma mudança de entendimento da relação entre público e televisão.
“Em 2020, por conta da pandemia, teve um boom dos realitys shows. O tédio causado pelo isolamento social acabou atraindo o público. Porém, agora, com a vida voltando mais ou menos ao normal, a audiência tem caído. Aquele efeito da Covid-19 tem diminuído”, analisa a especialista.
Para o futuro, a pesquisadora acredita que existe uma tendência de diminuição da audiência.
“Eu não sei dizer se o formato vai acabar na televisão aberta, porém, me parece que as audiências gigantescas observavas em 2020 e 2021 não vão se repetir. As novas geraçãos estão com outro olhar para este tipo de programação, preferindo acompanhar a rotina de influenciadores por meio das redes sociais”, avalia Nathalie, que estudo no doutorado o youtuber Felipe Neto.
Crescimento do streaming
Outro dado interessante mostrado pela pesquisa é que, após a TV aberta (67%), os serviços de streaming (41%) aparecem como a segunda plataforma mais usada para assistir a realitys shows.
Não à toa, produções da Netflix, como Casamento às Cegas (41%) e The Circle Brasil (28%), aparecem como as preferidas do público digital. O terceiro lugar está com Soltos em Floripa (28%), do Amazon Prime Video.
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O fenômeno, para a professora Nathalie Hornhardt, a tendência confirma o novo hábito de consumo dos jovens.
“Essa nova geração, que é nativa digital, não gosta de ficar presa a uma grade de televisão. Ela prefere ter a liberdade de escolher”, conclui a especialista.
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