Melhor campanha na história das Eliminatórias Sul-Americanas e sem nenhuma derrota, a Seleção Brasileira está longe de ser uma unanimidade. Seja pelo futebol apresentado em campo, seja pela falta de confronto com seleções de nível europeu, os torcedores, a imprensa e analistas se dividem sobre as reais chances da conquista do hexa.
Apesar do ceticismo brasileiro quanto ao título que não é conquistado há quase 20 anos, existe um setor em que o Brasil é o principal favorito na Copa do Mundo: o mercado de apostas. Uma breve consulta nos principais sites de apostas mostra que a Canarinho está bem cotada para levantar a taça, inclusive à frente da França, atual campeã do mundo e tida por muitos como a melhor Seleção.
Lucro para cada real apostado
Brasil R$ 6.00
França R$ 7.00
Inglaterra R$ 8.00
Espanha R$ 8.00
Alemanha R$ 10.00
Argentina R$ 11.00
Fonte: Bet 365
As cotas são interpretadas da seguinte forma: quanto maior o retorno para cada real apostado, menor a chance de o resultado se concretizar, o que muitos chamam de zebra. Já o menor retorno significa que as chances de o resultado acontecer é maior, como se fosse um investimento de baixo risco e retorno financeiro.
Mas como esse favoritismo é calculado?
As casas de apostas contratam profissionais que calculam o quanto uma equipe pode ser favorita em relação à outra. Esses especialistas não apenas apontam quem tem mais chances de vencer, mas a margem de vitória. Por exemplo: Jogando em seus domínios, o Flamengo é tido como favorito tanto contra o Palmeiras, quanto contra o Cuiabá. No entanto, diante do rival paulista há um risco maior, logo o lucro na vitória é mais alto do que contra a equipe mato-grossense
Para se chegar a essas conclusões, diversos aspectos são levados em conta: histórico de longo e curto prazo, últimos resultados, desempenho em campo, jogadores com poder de desequilíbrio, etc.
Além dos analistas, as casas de apostas contam com scouters que acompanham os jogos in loco para repassar informações em tempo real à medida que eventos imprevisíveis aconteçam, como expulsão, lesão de jogadores importantes e condições adversas como chuva.
Falta de parâmetro com seleções europeias
Argumento muito usado por quem critica a seleção brasileira, a falta de confronto com europeus seria um aspecto que impede saber se o Brasil estaria no nível das potências europeias. O próprio treinador Tite se queixa de não ter confrontos contra equipes do velho continente.
Apesar dessa falta de duelos entre Sul-Americanos e Europeus, o mercado dispões de alguns dados para colocar o Brasil à frente. Além da consistência da Seleção, que sofre poucos gols e raramente é derrotada, alguns contextos são levados em conta. Em um mundo cada vez mais globalizado, jogadores argentinos ou brasileiros jogam nos grandes centros europeus tendo contato diário com o futebol praticado por lá.
No século passado, antes da criação da Lei Bosman, a maioria dos jogadores atuavam em seus países. Hoje, muitas equipes são formadas por jogadores de diversas nacionalidades, o que permite um maior intercâmbio entre escolas de futebol diferentes.
Favoritismo não entra em campo
Apesar de análises técnicas e estatísticas sugerirem um candidato natural a vencer, o futebol é um jogo sujeito a zebras, e não uma ciência exata. Às vezes, um apostador pode ter uma visão subjetiva e ela se confirmar.
Na Copa do Mundo de 2018, o Brasil era favorito ao lado da Alemanha, então atual campeã do mundo. No entanto, com base em superstições, algumas pessoas previram que a Alemanha não iria longe, já que as últimas campeãs do mundo haviam caído na fase de grupo: Itália (2010), Espanha (2014) e Alemanha (2018).
O post Brasil hexa? Entenda por que a Seleção é favorita nas casas de apostas apareceu primeiro em Metrópoles.