Inflamados, grupos de WhatsApp formados por policiais militares do Distrito Federal estão inundados de informações e palavras de ordem orientando a tropa relaxar o policiamento ostensivo. A iniciativa de promover a chamada “operação tartaruga” ganhou força nos últimos cinco dias, após a chance de recomposição salarial para a categoria perder força.
Silêncio no rádio, transitar com as viaturas na velocidade da via e frear a produtividade policial reduzindo a apreensão de armas de fogo, localização de veículos roubados ou furtados e flagrantes de tráfico, uso e porte de drogas, são os principais sintomas para a desaceleração no rendimento dos policiais militares.
Não foi por acaso que as primeiras viaturas da PMDF demoraram a atender a ocorrência de um roubo com restrição de liberdade na residência da Embaixada dos Estados Unidos. O crime ocorreu no último sábado (2/4), quando ladrões invadiram a propriedade, no Lago Sul, e fizeram reféns. Em uma das conversas, policiais falam que o atendimento demorou em razão de a viatura ter seguido a velocidade da via (imagem em destaque).
Veja prints dos grupos:
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Reivindicações
Muitos policiais passaram a repreender colegas de farda que decidiram manter o emprenho durante o atendimento das ocorrências. Muitos recebem ligações por meio do celular com orientações para não “dar um plus a mais” durante os chamados para o atendimento das ocorrências.
Para retomar a aplicação do policiamento ostensivo, os militares reivindicam a isenção do imposto de renda sobre o Serviço Voluntário Gratificado (SVG), igualdade no valor do auxílio moradia entre policiais com e sem dependentes; reajuste de R$ 750 no auxílio moradia para todos os postos e graduações; redução do interstício em agosto deste ano e instalação de comissão para a formatação da proposta de reestruturação de carreira.
Esta reportagem será atualizada caso a corporação se manifeste sobre o caso.
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