PCDF descarta envolvimento de produtor musical com rifas ilegais

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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) descartou a participação do empresário Eduardo Bastos de Assis (foto principal) no esquema milionário de rifas ilegais investigado no âmbito da Operação Huracán, deflagrada em 21 de março deste ano.

Conhecido como Eduardo Best, o produtor é proprietário da Best Produções Artísticas, escritório de artistas da capital federal com projeção nacional, como o cantor Hungria e o grupo Pacificadores. Ele foi um dos alvos de mandado de busca e apreensão porque os investigadores identificaram que ele adquiriu uma Ferrari 458 Spider, avaliada em aproximadamente R$ 3 milhões, do principal alvo da ação, o youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido como Klebim. O carro ainda estava em nome do blogueiro.

A medida judicial foi deferida para que os policiais apurassem os detalhes da aquisição e de transferências feitas para a conta do empresário por meio da plataforma PayPal, principal meio usado por Klebim para movimentar os valores obtidos com as rifas.

Entretanto, após aprofundar os trabalhos, os agentes avaliaram que a relação de compra e venda do veículo de luxo foi legal e que as transações financeiras de Eduardo correspondem ao trabalho feito com os artistas. Portanto, o produtor musical não deve ser indiciado, e a Ferrari poderá ser devolvida já nos próximos dias.

Influente no meio artístico, Eduardo Best chegou a usar a Ferrari vermelha e outros carros superesportivos, como uma Lamborghini prata, de propriedade de Kleber Moraes, na produção de clipes musicais.

Operação PCDF
Kleber Moraes e Eduardo Best
Operação Huracán


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A ação deflagrada em março resultou na prisão temporária de quatro pessoas que integravam uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro. Foram cumpridos mandados de busca no Distrito Federal, nas cidades de Brasília, Águas Claras, Guará e Samambaia.

Veja quem é o influencer Klebim Moraes:


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O grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas. Também lavava dinheiro a partir de empresas de fachada e “testas de ferro”. Os criminosos teriam movimentado R$ 20 milhões em apenas dois anos.

Com autorização judicial, foram sequestrados nove veículos, entre eles um Lamborghini e uma Ferrari. Também uma mansão do líder da associação criminosa, no Park Way, e determinado o sequestro de R$ 10 milhões das contas dos investigados.

Veja carrões do youtuber:


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Rifa clandestina

A rifa clandestina é prática ilegal, de acordo com o Ministério da Economia, responsável por regrar e fiscalizar loterias e jogos de azar no país. Segundo a pasta, ainda que o dinheiro da rifa sirva para bancar projetos de veículos ou seja total ou parcialmente direcionado para caridade, a prática é considerada clandestina e irregular.

A legislação permite sorteios e rifas com venda de cotas apenas para instituições filantrópicas e mediante autorização especial – nesse caso, os sorteios devem ser realizados necessariamente via Loteria Federal. De acordo com o órgão, “a exploração de bingos, loterias e sorteios é atividade ilegal e constitui contravenção penal”, além de ser um “serviço público exclusivo da União”.

Por meio de nota, o ministério informa que, se houver comprovação de prejuízos a qualquer participante, poderá ser configurado ilícito penal ou, “no mínimo”, lesão ao consumidor.

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