Dia Internacional do Cão-Guia: saiba mais sobre esse “trabalho” canino

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A inclusão social e o apoio às pessoas com deficiência visual é uma realidade importante e que não pode passar despercebida. Segundo dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, 18,6% da população brasileira possui algum tipo de deficiência visual. Desse total, 6,5 milhões apresentam deficiência visual severa, sendo que 506 mil têm perda total da visão (0,3% da população) e 6 milhões, grande dificuldade para enxergar (3,2%).

No dia 28 de abril é comemorado o Dia Internacional do Cão-guia. Nesse contexto, a presença dos animais de assistência que proporcionam ajuda, companheirismo, amor e uma nova perspectiva para muitas pessoas diante do desafio da deficiência visual e também de outras doenças, é necessária e importante para quem precisa.

“Os cachorros precisam estar alertas, inteligentes, fortes e focados. Por isso, nem todas as raças se enquadram no trabalho de cão-guia. Geralmente o treinamento é feito com cães das raças: Labrador, Golden Retriever e Pastor Alemão. Em alguns casos, o Border Collie pode ser treinado”, explica Thais Matos, médica veterinária da DogHero.

Conhece o trabalho realizado pelos animais de assistência? Entenda algumas das particulares abaixo:

Cães-guia

Auxiliam pessoas com deficiência visual, proporcionando mais mobilidade, segurança e independência. Segundo a Lei n° 11.126 (2005) a pessoa com deficiência visual tem direito a entrar com o cão-guia em qualquer lugar. Desta maneira, seja o estabelecimento público ou privado, o cão-guia tem passe livre. Embora sejam animais muito dóceis e sociáveis, se você encontrar um cão-guia na rua, não o distraia.


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“O animal precisa estar focado no trabalho e não deve receber carinhos nem petiscos para não perder a atenção. Caso ele esteja parado com o tutor e você queira interagir com ele, pergunte para a pessoa se aquele é um bom momento para isso”, comenta a especialista.

No entanto, o ideal é que quando o animal estiver com a guia de treinamento para cães (peitoral com alça de trabalho), ele não seja distraído por estranhos. Vários desafios são enfrentados por quem possui deficiência visual, e o cão-guia acaba por transformar e salvar muitas vidas. O cão-guia possui uma ligação de carinho muito forte com os humanos e se torna verdadeiramente um grande amigo e protetor.

Cães de alerta

São animais treinados para apoiar pessoas que têm diabetes (principalmente tipo 1). Eles detectam a queda do nível de açúcar no sangue, através do faro, e alertam seus tutores quando isso acontece. Até mesmo trazem objetos, como uma garrafa de suco de laranja ou remédio. As raças mais comuns para este tipo de serviço são: Labrador Retriever, Golden Retriever, Pastor-de-Shetland, Poodle, Corgi e Pastor Australiano.

Cães ouvintes

Treinados para dar assistência a pessoas com deficiência auditiva. Eles alertam seus tutores sobre sons importantes do dia a dia como campainha, alarme de incêndio, toque de telefone, alarme de relógio e do forno. As raças mais comuns de cães-ouvintes são: Labrador Retriever, Golden Retriever, Cocker Spaniel, Poodle Miniatura e Cavalier King Charles. A adoção de cães SRD (Sem Raça Definida) também é considerada neste caso.

Homem com cão-guia
O animal precisa estar focado no trabalho e não deve receber carinhos nem petiscos para não perder a atenção
Cães de serviço de mobilidade

Dão apoio para pessoas com mobilidade reduzida, como os cadeirantes. “Os animais ajudam seus tutores no dia a dia, em atividades rotineiras como acender ou apagar luzes, abrir gavetas e armários, pegar algum objeto e até mesmo a se vestir”, frisa Thais.

Cães de serviço psiquiátrico

São companheiros para pessoas que sofrem com ataques de pânico, estresse pós-traumático, depressão ou autismo. Apesar de exercer funções similares, o cão de serviço psiquiátrico difere do cão terapeuta.

Cães terapeutas

Proporcionam benefícios para pacientes em hospitais e asilos. “Eles ajudam na saúde física, mental e emocional de idosos, pessoas com deficiências mentais e com dificuldades em se socializar”, finaliza.

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