Atriz bomba no TikTok com jogos dos anos 1990 e simulação do YouTube

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Com a eclosão da pandemia de Covid, muitas pessoas tentaram a sorte com um trabalho nas redes sociais. Uma delas foi a atriz Cláudia Campolina, que viu no Tik Tok uma maneira de tornar o ócio criativo. A moça criou diversas séries na internet e agora deseja transformar a atividade em uma de suas principais fontes de renda, mas sem deixar as atuações de lado.

Cláudia bombou com duas grandes webseries: Adolescente dos Anos 90 se Houvesse YouTube e Mundo Invertido. Na primeira, a atriz mostra diversas brincadeiras daquela época e que eram verdadeiras febres, como pintar o cabelo com papel crepom, sapino, entre outras. Atualmente, a artista contou que essa é a “menina dos olhos”.

“Eu estava em casa pensando no que eu poderia fazer, muitos dos meus conteúdos são assim. Eu lembrei muito do rádio Gradiente, que eu gostava muito. Eu gostava de colocar uma fita ou uma fita para lembrar do menino que eu gostava. Era para curtir a fossa, chorar mesmo. Então, eu fiz um reels supercurto sobre uma adolescente que fez isso”


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“Quando eu fiz, eu pensei, ‘meu Deus, isso dá muita coisa’. Então, eu abri um caderninho e fui escrevendo as coisas que eu lembrava e comecei a pesquisar na internet. Depois do primeiro vídeo, pensei na série. “, contou.

A série dos vídeos chegou como nostalgia para a atriz. “Eu me divirto muito, eu choro porque você parece que revive uma coisa de novo ao gravar, é super emocional para mim”, contou.

E Cláudia se anima com a repercussão que suas produções estão tendo.  “No TikTok, foi uma coisa louca, porque eu queria fazer um intercâmbio com os adolescentes de hoje, mas pegou muitas dessas pessoas. Quando eu fiz o Sapino, os adolescentes piraram e muitos comentaram. É muito delicioso ver tudo isso”, celebrou, contando um pouco mais sobre os comentários que recebe.

“Eu achei que eu ia atingir mais o público que nasceu dos anos 1980 e talvez um pouco do início dos anos 1990. Eu não achei que eu fosse me comunicar com pessoas com menos de 20 anos, ou adolescentes de 13, 14 anos. E eu vi que realmente os vídeos tem uma tag que realmente tem uma abrangência ampla. Eu recebo também comentários de pessoas que nasceram nos anos 70″, explicou.

Em um dos vídeos, Cláudia lembrou de quando as adolescentes, principalmente, pintavam o cabelo com papel crepom. “Eu fiz isso aqui em casa, na minha mesa da sala, e sujou. Obviamente, comentei ‘nossa, a minha mãe vai me matar’, porque isso acontecia. Eu consegui tirar, mas ficou uma pontinha vermelha. Minha mãe se vingou”, brincou.

A vida no TikTok

A criatividade e as gravações serviram como uma válvula de escape para a atriz. “Eu me tranquei mesmo. Eu tinha uma reserva financeira que dava para eu me segurar um tempo, eu fiquei, basicamente, o ano de 2021 trancada. Eu comecei a experimentar a internet, eu não sabia muito bem o que eu estava fazendo. Essa criação foi o que fez com que eu pudesse me deslocar para um mundo, em que as coisas ainda poderiam acontecer”, relembrou.

Mesmo voltando ao mundo normal, Cláudia confessa que se apaixonou pela produção de conteúdo. “Eu gostei muito de fazer, toma muito tempo e não tem nenhum dia da semana que eu não grave, que eu não poste. Virou um lugar de trabalho, que eu realmente levo a sério. Eu tenho alguns projetos engatilhados no cinema, que é o que eu amo, mas eu sinto que essa coisa da internet chegou na minha vida e vai ficar. Tem muita autonomia, liberdade”, completou.

Entretanto, a atividade ainda não é uma fonte de renda para a atriz. “O projeto é que seja. Uma das coisas que eu imaginei, ao criar para valer, é o objetivo. Eu ainda não quis correr atrás de parceria ou de uma marca para capitalizar porque eu quero está com o produto bem redondo, melhor preparado. O objetivo é pagar minhas contas dessa maneira, porque é como se fosse uma empresa”, explicou.

Mesmo com o TikTok e as redes sociais, Cláudia Campolina está com diversos projetos para continuar atuando. “Eu sou cinéfila, amo ser atriz e sou desesperada por cinema mesmo. Tenho muitos projetos para as telonas. A intenção é fazer muito cinema ainda. Provavelmente vou transformar uma websérie em livro. O objetivo mesmo é dividir mesmo minha rotina”, acrescentou Cláudia.

Projetos no Tik Tok

Além de Adolescente dos Anos 90 se Houvesse YouTube, Cláudia ainda criou outras produções na rede social de vídeos curtos. A Danizinha, uma mulher que está em busca de um par perfeito, mas que sempre acaba se decepcionando no final, a blogueira Estelinha, uma ricaça que reclama das babás e da vida e que sempre está exausta (esse é o bordão dela) e o Mundo Invertido.

Esta última também faz grandes sucesso, já que são pequenas esquetes em que ela interpreta uma mulher com atitudes fortes, agindo como se o feminismo fosse igual ao machismo. “Tem bastante homem que gosta e quando um homem não gosta, normalmente, não entende”, disse Cláudia que completa que muitos homens a criticam, mas que não percebem que a websérie serve apenas para mostrar como isso é ruim.

Já do lado das mulheres, a atriz recebe muitos comentários positivos das mulheres, que se identificam com as situações apresentadas. “Tem muitas mulheres que se abrem, contam situações, mandam direct. Eu até recebo algumas mensagens no Instagram que me deixam emocionada”, finalizou.

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