Você é daquelas pessoas que gosta de tomar remédios? Pois saiba que o uso concomitante de vários fármacos gera riscos à saúde. O hábito de um paciente usar quatro ou mais remédios, com ou sem prescrição, é chamado de polifarmácia e pode resultar em riscos.
Existem casos em que a prática é necessária para que todas as condições clínicas do paciente sejam tratadas. No entanto, de tão recorrente, a polifarmácia foi destaca pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de saúde pública a ser enfrentado.
O clínico geral Lucas Albanaz, coordenador da Clínica Médica do Hospital Santa Lúcia Gama, explica que o contexto da pandemia levou a um aumento no número de pessoas se automedicando. “O medo de frequentar ambientes hospitalares, somado a uma maior preocupação com a saúde, levou as pessoas a consumirem mais medicamentos”, aponta o médico.
Perigos
A regra mais importante para avaliar ou não a necessidade de incluir um medicamento ou não na sua rotina é ouvir o médico de referência e inteirá-lo sobre os remédios que você já usa. Pacientes com problemas crônicos que têm comorbidades, como hipertensão, diabetes, hipotireoidismo e obesidade, podem precisar de vários medicamentos. Os idosos, por possuírem uma saúde mais frágil, também costumam usar três ou mais fármacos.
“O paciente precisa ser muito bem avaliado por seu médico de referência para que os efeitos colaterais e as interações medicamentosas sejam minimizadas. Tudo precisa estar muito bem orquestrado”, afirma o médico Lucas Albanaz.
A interação de medicamentos pode gerar efeitos negativos e, até mesmo, prejudicar o tratamento de doenças. “Quando você usa vários medicamentos, os efeitos são imprevisíveis e vão depender de pessoa para pessoa. Quem tem diabetes, por exemplo, não deve usar anti-inflamatórios, pois eles apressam o processo de deterioração do rim e da visão”, explica o médico Sinval Antônio da Silva, que tem especialização em homeopatia.
De maneira semelhante, pessoas com hipertensão devem evitar analgésicos pois eles podem aumentar a pressão arterial. Como alternativa ao uso recorrente de medicações, Sinval Antônio sugere a homeopatia. “Ao contrário da medicina tradicional, a homeopatia é um método que foca em doses mínimas para estimular uma reação orgânica do corpo”, afirma.
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