O que muda no HC, maior hospital público de SP, com obra de R$ 150 mi

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São Paulo – A Universidade de São Paulo (USP) investirá R$ 217 milhões nos Hospitais das Clínicas (HCs) de São Paulo e de Ribeirão Preto. Desse valor, R$ 150 milhões serão usados para construir um centro de pesquisa e um instituto de especialidades no HC da capital paulista.

As obras do Instituto Dr. Ovídio Pires de Campos e do Centro de Pesquisa Clínica devem começar no primeiro trimestre de 2023. A expectativa é que os prédios estejam prontos em 24 meses.

Com o custo de R$ 100 milhões, o novo instituto vai aumentar o atendimento e reduzir a fila das especialidades de oftalmologia, otorrinolaringologia, bucomaxilo, cabeça e pescoço.


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Atualização

“Essas áreas tiveram inúmeros avanços nos últimos tempos e estávamos ficando um pouco para trás. Agora já vemos a perspectiva de trazer equipamentos de melhor qualidade e poder oferecer de novo o que tem de melhor nessa área para o paciente do SUS”,  disse a diretora clínica do HC-SP, Eloisa Bonfá, ao Metrópoles.

Já para a construção da unidade de pesquisa serão destinados R$ 50 milhões. O centro permitirá que o HC-SP participe de mais pesquisas com grande número de pacientes testando novos medicamentos, tratamentos e procedimentos.

Linha de frente

Segundo Bonfá, a instituição percebeu a necessidade das novas instalações há oito anos.

“O HC sempre esteve na linha de frente entre os hospitais mais modernos. Nos últimos anos, também piorou com a pandemia, os investimentos caíram muito e acabamos ficando atrás de alguns hospitais que foram se modernizando”, disse a diretora.

Depois que o novo instituto e o centro de pesquisas clínicas estiverem prontos, o custeio da operação das unidades será feito pelo governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Estadual da Saúde.

Novo Instituto

Atualmente, o HC SP tem oito institutos. Entre eles, o Instituto Central que atende 35 especialidades. A ideia é transferir as especializações de oftalmologia, otorrinolaringologia, bucomaxilo, cabeça e pescoço para o novo prédio de 14 andares.

A área de 19 mil m² terá 14 salas cirúrgicas, 17 leitos de recuperação cirúrgica e outros 10 de UTI.

Menos filas

Maior hospital público de São Paulo, o HC irá aumentar em 178% a capacidade mensal para cirurgias ambulatoriais, 75% para cirurgias de grande porte, que precisam de internação, e 47% para consultas ambulatoriais.

“Isso vai permitir que a gente aumente o atendimento, as nossas filas são muito grandes nessas áreas. Ao mesmo tempo nós também estamos buscando fazer com que o nosso parque de tratamento seja renovado”, explicou a diretora clínica.

Atendimento de AVC

Com a realocação dessas especialidades, será possível o HC-SP aumentar a capacidade de atendimento da unidade de AVC, que fica localizada no Instituto Central.

“É uma necessidade da cidade de São Paulo. O AVC tem uma janela de algumas horas para tratamento, então, aumentando o atendimento, vamos diminuir as sequelas para a população. Isso é extremamente importante”, pontuou a médica.

Centro de pesquisas

O Centro de Pesquisas Clínicas terá uma área de 9,5 mil m² dividida em nove andares. O prédio será destinado para recrutamento e acompanhamento de pacientes e voluntários dos estudos clínicos.

“O centro traz essa parte mais moderna e dá acesso aos pacientes do SUS a esse tipo de medicamento que está chegando e vai ser testado de alguma forma, então isso já é bastante importante. Ele nos permite fazer uma pesquisa de ponta colaborando com o mundo inteiro”, exemplificou.

A diretora clínica do HC-SP, Eloisa Bonfá, ressaltou que a unidade de estudos permitirá obter mais subsídios financeiros para as pesquisas.

Ribeirão Preto

Dos R$ 217 milhões liberados pela USP, R$ 67 milhões serão destinados para o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto; sendo R$ 50 milhões para Serviço de Oncologia e R$ 17 milhões para reforma e ampliação do Serviço de Terapia Intensiva do hospital.

Com a verba será criado um Serviço de Diagnóstico Rápido, um ambulatório integrado de oncologia e 25 novos leitos oncológicos.

Assim, o HC de Ribeirão Preto poderá aumentar em 33% a capacidade de internações em oncologia, indo de 4,7 mil para 6,3 mil ao ano.

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