Crítica: Eleita ri da política brasileira, pois é o melhor a se fazer

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Há algo de refrescante em Eleita, nova comédia nacional do Amazon Prime Video. É fato que a série se aproxima de humorísticos norte-americanos como Veep e Fleabag, mas, concentrando-se somente na produção brasileira, a série de sete episódios é uma interessante novidade – principalmente por buscar um estilo que se afasta daquele jeitão “Zorra Total” que domina a área por aqui. Além de trazer Clarice Falcão de volta ao humor, por sinal, em grande forma.

Eleita pode ser apontada como uma sátira política – porque de fato é. A produção retrata o cotidiano de Fefê (Clarice Falcão), uma influenciadora, completamente apolítica, que vira governadora do Rio de Janeiro na “zoeira”.

Esse elemento é o principal atrativo da série, que utiliza o humor para satirizar elementos marcantes da vida política brasileira. Da ascenção de grupos religiosos conservadores aos velhos conchavos do poder, tudo aparece de forma engraçada na série. Porém, convenhamos, nessa seara Eleita não precisou se esforçar muito: a política brasileira é tão surreal que fica engraçada rapidamente.

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No entanto, é na jornada pessoal de Fefê que Eleita ganha força, mesmo que a política seja pano de fundo e o grande chamariz da série. A questão é que a protagonista é “ingostável” e seu caminho em meio ao poder e nas relações pessoais prende o espectador ao longo dos episódios.

Além de Clarice Falcão, vale reforçar a divertida atuação de Diogo Vilela como Netinho, um político herdeiro de um clã político tipicamente carioca (mesmo que, o personagem em questão, seja um renegado). Outro destaque é Luciana Paes como a deputada Pastora Hosana – uma crítica muito bem realizada ao conservadorismo religioso crescente no poder público.

Eleita é um bom panorama da política brasileira que, após os resultados do 1º turno, ganha uma nova (e interessante) leitura.

Avaliação: Bom

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