Em um intervalo de 10 anos, o tempo médio de trabalho necessário aos brasilienses para comprar a cesta básica durante 12 meses subiu 32,6%. É o que aponta levantamento feito com base em dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
No Distrito Federal, em 2012, o tempo de trabalho em 12 meses — de outubro a setembro do ano seguinte — era de 95 horas. No mesmo intervalo de 2021 e 2022, essa quantidade saltou para 126 horas.
Em setembro passado, o resultado colocou o DF em nono lugar entre as 17 capitais pesquisadas. No entanto, o índice do Distrito Federal ficou acima da média nacional.
Apesar de a quantidade de tempo necessária aos brasileiros ter aumentado 10% em 10 anos, a população brasileira precisa trabalhar 119 horas em um ano para comprar a cesta básica. O cálculo leva em consideração o valor do salário-mínimo, atualmente em R$ 1.212.

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação – quando o controle de todos os preços é perdido
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O levantamento é da consultoria Hello Safe Brasil. Os dados resultam do cálculo de quantas horas quem ganha um salário-mínimo precisa trabalhar para conseguir pagar a cesta básica em cada capital avaliada no país.
Os números consideram uma jornada de trabalho de 220 horas por mês — como previsto na Constituição de 1988. E a cesta básica mencionada conta com 13 alimentos, considerados essenciais ao sustento de um adulto durante um mês.
Confira abaixo:
- 6kg de carne
- 15l de leite
- 4,kg de feijão
- 3kg de arroz
- 1,5kg de farinha
- 6kg de batata
- 9kg de legumes (tomate)
- 6kg de pão francês
- 600g de café em pó
- 90 unidades de frutas (banana)
- 3kg de açúcar
- 1,5kg de óleo
- 900g de manteiga
Inflação
No último mês, o setor de alimentos e bebidas registrou deflação de 0,26% na capital federal. O dado é do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no último dia 11.
Embora o IPCA tenha recuado em setembro, a inflação acumulada no ano para Brasília é de 3,7%. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 6,6%.
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