Disperso e ansioso? Veja como a pornografia prejudica sua saúde mental

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A pornografia faz parte da vida de muitas pessoas. Há quem use-a como uma alternativa para se excitar com o parceiro, e quem prefira assistir sozinho. Contudo, é importante se atentar aos riscos do consumo em excesso desse tipo de material de cunho sexual.

A psicóloga e neurocientista Roselene Espírito Santo explica que essa, como qualquer outra atitude que ultrapasse o uso com bom senso, também é uma forma de vício. “É o deslocamento da energia libidinal, do que seria a relação real, para o que a fantasia do sujeito pode criar”, diz.

“Como compulsão, causa dependência e perdas reais e físicas, inclusive no desempenho sexual”, alerta a especialista.

Foto colorida de um homem e uma mulher deitados na cama olhando para a tela do notebook-Metrópoles
A pornografia pode causar diversos prejuízos mentais, e impactar negativamente o desempenho sexual com o parceiro

Prejuízos à saúde mental

Para além do campo sexual, a pornografia afeta outras áreas da vida, podendo causar transtornos psicológicos irreversíveis.

“Existe a necessidade emocional de um corpo que precisa de afeto, da troca real e física de sentimentos. O quanto eu te afeto e o quanto sou afetado por você é uma demanda humana que o virtual não preenche, gerando angústia e incompletude”, destaca a profissional.

“Como consequência, vem a falta de atenção, depressão, ansiedade, compulsão, baixo rendimento na performance sexual, bem como a limitação nas qualidades relacionais”, frisa Roselene.

Ansiedade
Esse vídeo pode causar ansiedade e depressão

Impacto na inteligência

Um estudo realizado pelo Instituto Max Planck para o Desenvolvimento Humano em Berlim, na Alemanha, observou diminuição da massa cinzenta em determinadas partes do cérebro daqueles que assistem vídeos pornôs em excesso, causando a diminuição da atividade cerebral.

“Encontramos um importante vínculo negativo entre o ato de ver pornografia durante várias horas por semana, e o volume de matéria cinzenta no lóbulo direito do cérebro, assim como a atividade do córtex pré-frontal”, afirmam os cientistas responsáveis pela pesquisa.

Roselene finaliza com um alerta: “Perdemos sempre quando a adicção ou dependência entra em cena. Eles trazem a fantasia de uma ganho instantâneo, porém, escondem perdas reais e de longo prazo.”

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