São Paulo – Aliados do governador eleito Tarcísio de Freitas (Republicanos) têm feito investidas para trazer o controlador-geral do governo Romeu Zema (Novo), em Minas Gerais, para ocupar o mesmo cargo em São Paulo.
A Controladoria-Geral do Estado é o órgão responsável por garantir a defesa do patrimônio público, promover a transparência e prevenir casos de corrupção na administração. Não à toa, tem uma atuação altamente sensível, sobretudo do ponto de vista político.
O nome cobiçado pelo futuro governo paulista é o de Rodrigo Fontenelle, economista com especialização em auditoria financeira que foi referendado por auxiliares que Tarcísio trouxe do Ministério da Infraestrutura e hoje integram a equipe de transição em São Paulo.
Além de ter um perfil técnico, o que agrada o governador eleito, Fontenelle registrou alguns feitos na Controladoria de Minas. Conseguiu ao órgão mineiro, por exemplo, certificados internacionais de capacidade de auditoria, e coordenou a assinatura de um acordo de leniência milionário entre o governo Zema e a construtora Coesa S.A.
A empreiteira foi relacionada a fraudes na construção da Cidade Administrativa de Minas, durante a gestão do ex-governador e deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG), e concordou em devolver R$ 42,7 milhões ao Estado.
Negociação
A negociação para tirar o controlador-geral de Minas está sendo feita de forma a não causar melindres entre Tarcísio e Zema. O Novo, partido do govenador mineiro que apoiou o futuro chefe do Executivo paulista no segundo turno, vem participando das discussões para a composição do governo.
O candidato do Novo derrotado na eleição ao governo paulista, Vinicius Poit, frequenta o gabinete de transição de Tarcísio semanalmente.
Órgão novo
A Controladoria-Geral do Estado (CGE) de São Paulo existe, na prática, há apenas seis meses, com a publicação de um decreto do atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), que organizou o órgão, a partir de uma estrutura que já existia na Corregedoria-Geral da Administração (CGA).
O departamento é o braço do governo encarregado de prevenir e apurar casos de corrupção envolvendo agentes públicos, realizar auditorias internas e garantir cumprimento das normas de controle de gestão, além de celebrar acordos de leniência para cessar malfeitos e assegurar indenização ao Estado. A corregedoria que existia antes não tinha o mesmo caráter preventivo, apenas apurava as denúncias que recebia.
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