Da infância humilde ao estrelato mundial, o ‘atleta do século’ 20 encantou o mundo com seus dribles e gols e tornou-se parte importante da identidade brasileira
O jornalista e dramaturgo Nelson Rodrigues costumava dizer que “Pelé podia virar-se para Michelangelo, Homero ou Dante e cumprimentá-los com íntima efusão: ‘Como vai, colega?'”.
A grandeza de Pelé nos campos de futebol de fato alcançou o apogeu mundial, tendo sido eleito em 1980 “o atleta do século” 20. Venceu três das quatro Copas do Mundo que disputou, marcando gols em todas elas, e fez 1.283 gols — segundo o próprio atleta, já que existem várias versões para esses números.
Edson Arantes do Nascimento, o homem, morreu aos 82 anos, na tarde desta quinta-feira (29/12), em São Paulo.
Mas Pelé, a lenda — divisão que ele mesmo gostava de fazer, referindo-se sempre a “Pelé” na terceira pessoa do singular — segue viva na história do futebol. “O Pelé é perfeito, o Edson é uma pessoa como qualquer outra”, costumava dizer.
O rei do futebol estava internado no hospital Albert Einstein havia um mês para tratamento de um câncer no cólon. O funeral será na cidade de Santos (SP).
“O Hospital Israelita Albert Einstein confirma com pesar o falecimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no dia de hoje, 29 de dezembro de 2022, às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia”, diz a nota assinada pelos médicos Fabio Nasri, Rene Gansl, Alexandre Holthausen e Miguel Cendoroglo Neto.
Antes de morrer, Pelé revelou ser um grande torcedor do Vasco da Gama, um de seus primeiros clubes. No Twitter, o time homenageou o ex-jogador.