Dia 25 de janeiro, a cidade de São Paulo comemora 469 anos. As indicações da agenda desta semana são um convite para festejar o aniversário dessa capital que, como já cantou Caetano Veloso, é “o avesso do avesso do avesso do avesso”.
Além dos shows de João Gomes, Fresno, Belo e outros artistas, contratados pela Prefeitura da capital para o Vale do Anhangabaú, selecionamos eventos com a cara da cidade para você aproveitar o que ela tem de melhor.
Para quem preferir ficar em casa, o Metrópoles traz ainda indicações para conhecer um pouco mais sobre São Paulo ouvindo música, assistindo a um filme ou lendo um livro. Confira as dicas:
Teatro
São Paulo
Espetáculo teatral que passeia pela história e personalidade difícil da cidade de São Paulo, abordando sua formação, suas transformações, sua gente, suas contradições e sua força. Em cena, a atriz Regina Braga mistura suas vivências na capital com a de outros escritores como José Miguel Wisnik, Mário de Andrade, Paulo Prado, que também viveram uma relação intensa com São Paulo. As histórias são intercaladas com músicas nada óbvias que cantam a capital paulista.
Sesc Santo André: R. Tamarutaca, 302 — Vila Guiomar, Santo André. Sex.: 20h, sáb.: 19h. Site: sesc.org.br. Ingressos a partir de R$ 12. Até 11/2.
Terça-feira (24/1), às 20h30, haverá uma apresentação gratuita na Oficina Cultural Oswald de Andrade: Rua Três Rios, 363 — Bom Retiro. Distribuição de ingressos 1 hora antes.
Show
Bloco do Silva 2023!
A cidade de São Paulo tem o maior carnaval de rua do Brasil. E o esquenta já começou! Neste fim de semana, acontece o Bloco do Silva. O cantor Silva agita os foliões com sucessos de outros carnavais, incluindo os ícones da folia baiana como Olodum, Banda Eva, Araketu, Daniela Mercury e Ivete Sangalo.
Sábado (21/1). Memorial da América Latina: Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 — Barra Funda. Site: blocodosilva.com. Ingressos a partir de R$ 60.
Mágico de Oz com banda ao vivo
São Paulo ainda preserva alguns cinemas de rua. Entre os endereços mais icônicos, está o Petra Belas Artes. Domingo (22/1), o cinema fará duas sessões (14h e 17h) do clássico “O Mágico de Oz” (1939) com apresentação ao vivo das músicas do álbum “The Dark Side of The Moon”, de Pink Floyd. A banda responsável pelo som é a Pink Floyd Dream, experiente em interpretar canções antológicas da banda britânica. O Petra Belas Artes fica na esquina da Paulista com a Consolação e você pode combinar o cinema com um passeio pela avenida mais icônica da cidade que, aos domingos, fica aberta para os pedestres.
Cine Petra Belas Artes: Rua da Consolação, 2423 — Consolação. Dom (22/1).: 14h e 17h. Site: cinebelasartes.com.br. Ingressos a partir de R$ 30.
Exposições
Judith Lauand — Desvio Concreto
Além da Semana de Arte Moderna, considerada um marco da cultura brasileira, os artistas paulistas também tiveram protagonismo no movimento concretista, nos anos 1950. Judith Lauand foi a única mulher do grupo Ruptura, que reuniu de modo pioneiro artistas interessados em desenvolver a arte concreta no Brasil. Em cartaz no Masp está a maior exposição já dedicada à obra de Lauand, uma oportunidade imperdível. O Metrópoles já visitou a exposição, leia mais aqui.
Av. Paulista, 1578 — Bela Vista. Ter.: 10h/19h, qua./dom.: 10h/17h. Ingresso: R$50, (ter.: grátis). Site: masp.org.br. Até 23 de abril de 2023.

Foto de Hildegard Rosenthal está na exposição “Modernas! São Paulo Vista por elas”
Hildegard Rosenthal

Cena do filme “O Mágico de Oz”

A atriz Regina Braga conta a história da cidade de São Paulo em monólogo
Roberto Setton

Silva faz apresentação de seu álbum com hits de Carnaval
divulgação

Livro “A Capital da Solidão”, de Roberto Pompeu de Toledo
0
Modernas! São Paulo vista por elas
Já indicamos essa mostra na agenda, mas o aniversário da cidade pede o reforço da indicação. “Modernas! São Paulo vista por elas” está um prato cheio para quem gosta de fotos da cidade feitas no século passado. A mostra apresenta cenas clicadas por Alice Brill, Claudia Andujar, Gertrudes Altschul, Hildegard Rosenthal, Lily Sverner, Madalena Schwartz e Stefania Brill — mulheres judias que vieram para São Paulo fugindo da perseguição nazista nos anos 1940. Aqui, encontraram uma cidade em ebulição e construção que registraram por suas lentes. No dia 28 de janeiro, às 16h, acontecerá o lançamento do catálogo da exposição com a presença das curadoras Ilana Feldman e Priscyla Gomes.
Museu Judaico de São Paulo: Rua Martinho Prado, 128 — Bela Vista. Ter./dom.: 10h/18h Ingressos: R$ 20. Site: museujudaicosp.org.br. Até 5 de março.
Em casa
Para ler
A capital da solidão, de Roberto Pompeu de Toledo
É difícil de imaginar, mas São Paulo, por três séculos, foi uma cidade abandonada, isolada e solitária. Os primeiros sinais de prosperidade só começaram a chegar graças à riqueza trazida pelo café em 1872. A população de pouco mais de 30 mil habitantes, em 20 anos, dobrou de tamanho. É essa história que o jornalista Roberto Pompeu de Toledo conta, com seu texto envolvente, em “A Capital da Solidão”. O livro acompanha o desenvolvimento da cidade desde sua fundação até o fim do século XIX. As cenas dos próximos capítulos, você pode conferir em “A Capital da Vertigem”, em que apresenta o crescimento desenfreado da capital no século XX.
Trecho:
O trem e o café foram irmãos siameses a irromper na história de São Paulo. Não existiria café sem trem e não existiria trem sem café. E, se São Paulo se comprometia até o fundo da alma com o café, igualmente haveria de se comprometer com o trem. […] A expansão do binômio trem-café custou devastação, poluição e genocídio dos povos indígenas que tinham a infelicidade de interpor-se se em seu caminho. Assistia-se ao novo surto de bandeirantismo revisto e atualizado. Mas, ao fim e ao cabo, tinha-se verdadeiramente criado uma província e consolidado uma capital para essa província.
“A capital da solidão”, de Roberto Pompeu de Toledo. Objetiva, 560 páginas. R$ 82,90 (e-book R$29,90)
Para ver
Depois do universo
O romance adolescente foi filmado em São Paulo e apresenta uma cidade mais colorida do que normalmente seus habitantes costumam ver. Na trama, a pianista Nina (Giulia Be) vê seus sonhos se perderem na espera por um transplante de rim. Mas o romance com o médico Gabriel (Henrique Zaga) a ajuda a superar suas inseguranças. O Metrópoles listou algumas locações da cidade usadas no filme.
Dir.: Diego Freitas. Romance, 2h07. Disponível na Netflix.
Para ouvir
Santa Rita de Sampa
O álbum de 1997 marca a volta de Roberto Carvalho à produção dos álbuns de Rita Lee — o casal não trabalhava junto desde 1990. A Rainha do Rock também é um ícone paulistano. Na música “Santa Rita de Samba”, que dá nome ao álbum, a cantora faz uma homenagem à cidade citando vários bairros como Pompeia e Butantã. A faixa “Obrigado Não” chegou a figurar entre as mais tocadas. A produção rendeu à Rita o disco de ouro pelas 100 mil cópias vendidas do álbum.
Disponível no Spotify, Apple Music e Deezer.
The post Agenda Cultural SP: dicas para festejar o aniversário de São Paulo first appeared on Metrópoles.