O ano começou nas galerias de arte. Neste mês, a maioria das casas abriu a programação trazendo mostras coletivas e individuais com trabalhos — se não inéditos, pouco vistos do grande público — de seus artistas representados. O Metrópoles selecionou cinco mostras em cartaz.
Amõ Numiã
A primeira exposição individual de Daiara Tukano, na galeria Millan, reúne obras criadas especialmente para a ocasião, além de trabalhos produzidos entre 2020 e 2022. Com um colorido vibrante, a artista de origem indígena explora em seu trabalho a geometria das pinturas corporais e as cosmologias dos povos originários. Um dos destaques da mostra é “Pamuri Yukese” (2020), uma tela de 8 metros de largura que apresenta a cobra-canoa, imagem presente na tradição do povo Tukano e que conta a história de origem da humanidade.
Galeria Millan: rua Fradique Coutinho, 1360/1430 — Vila Madalena. Seg./sex.: 10h/19h; sáb.: 11h/15h. Site: millan.art. Até 11/3.
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No Reino da Foda
A mostra apresenta uma vertente pouco explorada na produção de Cildo Meireles: o desenho figurativo. Neste conjunto, o artista se apresenta como um cronista social do Brasil dos anos 1970 e 1980. O conjunto tem um ar de charge. Cildo exagera bem nas cores e feições de suas personagens. O título da mostra vem de uma série “No reino da foda”, composta por noves desenhos — dois estão na exposição.
Galeria Luisa Strina: Rua Padre João Manuel, 755 — Cerqueira César. Ter./sex.: 10h/19h; sáb.: 10h/12h. Site: galerialuisastrina.com.br. Até 18/3.
Colunas e Pingentes
A mostra apresenta um conjunto de 10 esculturas e desenhos inéditos de Claudio Cretti. As obras tridimensionais são compostas a partir da união de instrumentos musicais, artefatos populares e indígenas, que o artista coleciona há mais de duas décadas.
Marília Razuk: Rua Jerônimo da Veiga, 131 — Itaim Bibi. Seg./sex.: 10h30/19h; sáb.: 11h/16h. Site: galeriamariliarazuk.com.br. Até 11/3.
Tudo é a forma que fala
A exposição é a primeira individual de Zé Tepedino na galeria Triângulo. As obras são feitas a partir de materiais encontrados na rua e também de intervenções na paisagem urbana. Em tudo que vê potencial estético, o artista transforma em uma obra de arte. Guarda-sóis, telas de proteção de canteiros de obras, cabides, chinelos de borracha, livros são algumas das matérias-primas usadas em seus trabalhos presentes na mostra.
Casa Triângulo: Rua Estados Unidos, 1324 – Jardim Paulista. Ter./sex.: 10h/19h; sáb.: 10h/17h. Site: casatriangulo.com. Até 18/3.
Ajuntamentos
Equilíbrio e memória dão a tônica da individual de Afonso Tostes. A instalação que abre a mostra apresenta uma teia de cordas tencionas que cruzam o espaço, intercaladas por elementos coletados pelo artista em viagens pelo Brasil. No espaço expositivo, as esculturas, de carácter totêmico, são construídas a partir do equilíbrio de toras madeira reaproveitadas de uma casa de pau a pique demolida no interior de Minas Gerais. O material traz consigo a memória do saber popular.
Galeria Luciana Brito: Av. Nove de Julho, 5162 — Jardim Europa. Seg.: 10h/18h; ter.: 10h/19h; sáb.: 11h/17h. Site: lucianabritogaleria.com.br. 164. Até 11/3.
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