São Paulo – Oito bairros da zona sul paulistana são apontados como os mais perigosos para roubos de motocicletas, aponta pesquisa feita pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), em parceria com a empresa de rastreamento Tracker. Os dados se referem ao ano passado.
De acordo com o levantamento, dos 1.093 assaltos em que motos foram levadas, nos dez bairros mais inseguros da capital paulista, 79,3% ocorreram na zona sul. A pesquisa é feita com base nos boletins de ocorrência registrados nas delegacias da cidade.
O bairro líder de roubos foi o Capão Redondo, no extremo da zona sul, com 151 ocorrêcias, seguido de Santo Amaro, com 128. Em terceiro lugar está Itaquera, na zona leste, com 115 roubos. O outro bairro fora da zona sul que figura entre os dez mais perigosos é Pirituba, na zona norte, com 101 registros.
Os demais bairros da zona sul apontados na pesquisa sobre maior incidência de roubo de motos são: Campo Limpo (111), Jardim Ângela (109), Pedreira (104), Vila Andrade (95), Jardim São Luís (92) e Jabaquara (87).
Considerando os dados gerais de roubo, a capital registrou aumento de 3,5% no ano passado, em relação a 2019, ano que antecedeu a pandemia do coronavírus. Foram, respectivamente, 5.290 e 5.108 casos.
“O comércio ilegal de peças é o principal motivador. Com veículos que chegam a custar na casa dos 6 dígitos, a falta de fiscalização desses locais e a falta de consciência da sociedade em exigir a nota fiscal na compra de uma peça usada contribuem para o crescimento constante deste mercado ilícito”, afirmou Vitor Corrêa, coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker.
No estado
Os roubos de motos também aumentaram no estado. Foram 11.960 em 2019 e 13.797 no ano passado, alta de 15%. Os meses de dezembro, de 2021 e 2022, concentraram o maior número de crimes do tipo, respectivamente 1.513 e 1.991
Para o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap, Erivaldo Costa Vieira, os meses de dezembro constumam registrar mais crimes, por causa de uma “tendência sazonal nos dados.”
“Esta informação pode ser útil para aplicar medidas preventivas eficazes e ajustar estratégias de segurança para a região em questão”, afirmou.
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