Para evitar desgaste maior, Jair Bolsonaro se dispôs a entregar as joias presenteadas a ele pelo governo da Arábia Saudita ao Tribunal de Contas da União (TCU), que atua no caso.
Como informou este blog, o ex-presidente vinha sendo pressionado e convencido por aliados, em especial um ex-ministro de seu governo, a se antecipar a qualquer decisão do tribunal que o obrigasse a entregar o conjunto de joias.
Em ofício na noite de ontem, enviado à Polícia Federal, o tom de Bolsonaro, ou de sua defesa – era bem outro. O ex-presidente tomou a iniciativa de oferecer que os presentes ficassem sob a custódia do poder público, “até sua correta destinação, de forma definitiva”.
Bolsonaro relutou em fazer esse gesto. A esse mesmo interlocutor chegou a dizer que se o fizesse parecia que estava admitindo alguma culpa no episódio.
O ex-presidente chegou a dizer que não teria “cabimento” um ministro do tribunal – Augusto Nardes – determinar a ele não vender e nem usar as joias. Disse que não tinha essa intenção, apesar de ter ficado com o presente em seu poder até agora.
Dirigentes do PL e parlamentares entendem que o melhor que Bolsonaro poderia fazer é esse gesto da devolução dos presentes, que não devem retornar às suas mãos mais. Acreditam que, assim, o dano à imagem do partido e de seu grupo político possa ser reduzido.
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