Crítica: O Estrangulador de Boston discute sexismo e imprensa

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O Estangulador de Boston, em um primeiro momento, parece um enredo policial já bastante batido: jornalistas se enpenham em uma investigação superado a inércia (ou por vezes incopetência) das autoridades. Mas, a produção que chega nesta sexta-feira (17/3), ao Star+, tem algo a mais.

O filme, dirigido por Matt Ruskin, com produção de Ridley Scott, volta à década de 1960 para falar de um tema ainda bastante atual: o sexismo. Em O Estangulador de Boston, as jornalistas Loretta McLaughlin (Keira Knightley) e Jean Cole (Carrie Coon) precisam, além de conseguir informações para seu trabalho, enfrentar o machismo em casa, na redação e na polícia.

Loretta – vivida em uma interpretação contida de Keira Knightley – se equilibra entre a vida de esposa e de jornalista. Inicialmente, ela é designada para sessão de “estilo” do Record-American. Mas, sua ambição, é realizar reportagens investigativas.

Ao perceber que tem um caso nas mãos, uma série de assassinatos causados por estrangulamento, Loretta tenta enfrentar as resistências machistas que a cercam e, neste ponto, é interessante ver como Keira Knightley vai expandindo o horizonte da personagem: da emoção reprimida à liberdade.

Estrangulador de Boston é um prato cheio para quem gosta de filmes que misturam imprensa e polícia, mesmo que tenha uma narrativa mais lenta, pautada na investigação e na consciência de sua protagonista em não se encaixar em um modelo esperado pela sociedade

Avaliação: Bom

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