A espera do adolescente Iago Kauan Pereira Liocádio, 15 anos, por uma cirurgia na rede pública de saúde do Distrito Federal já completa cinco meses. O rapaz rompeu alguns ligamentos do joelho, em outubro do ano passado, e, desde então, segue sem previsão para conseguir realizar o procedimento.
A saga de Iago para conseguir atendimento médico teve início após ele sofrer duas quedas em casa e fraturar o membro inferior, o que acabou agravando a lesão.
Por conta do acidente, o adolescente teve inchaço em uma das pernas e precisou ficar internado por seis dias no Hospital Regional de Taguatinga (HRT). Para aliviar a inflamação, retiraram líquido do joelho dele, mas ele voltou a sentir fortes dores no local.
“Os médicos chegaram a falar que ele precisaria passar por cirurgia, mas logo descartaram a necessidade do procedimento e receitaram que o joelho dele fosse engessado por 20 dias. Depois desse período, voltamos ao profissional, no início deste ano, que indicou apenas o uso de joelheira, pois afirmou que apenas esse equipamento resolveria o problema”, conta Sandra Pereira Rodrigues, mãe de Iago.
Porém, as fortes dores continuaram e o inchaço no joelho lesionado piorou. No início de fevereiro, a família de Iago levou o adolescente para o HRT, onde confirmaram novamente a necessidade de cirurgia.
No final do mês, ele realizou um ressonância magnética que constatou a gravidade da lesão no joelho dele. “Levamos o resultado do exame para o médico avaliar dia 1º de março. Ele disse que ia solicitar que a cirurgia fosse realizada com urgência, mas não poderia nos garantir uma data”, relata a mãe.
De acordo com a família, a longa espera tem prejudicado o estado de saúde dele, uma vez que as dores no membro estão cada vez piores. “Enquanto não pode operar meu filho, o médio deu a ele um atestado de 60 dias para se ausentar das aulas de educação física, visto que ele não consegue ficar em pé por muito tempo”, disse Sandra.
Durante o dia a dia, para conseguir frequentar a escola, Iago utiliza uma joelheira que possibilita firmar o joelho. Porém, na última semana, ele sofreu uma queda da cama em que dormia e a lesão no joelho se agravou.
“Meu filho vive com dor o tempo todo. Ele está vivendo à base de analgésico para suportar, pois sempre está reclamando de fortes dores”, lamenta a mãe.
Além da cirurgia, a família também luta para conseguir acompanhamento com um fisioterapeuta pela rede pública do DF, mas sem sucesso. “A gente tem sentindo muito descaso com o quadro do meu filho, já não sabemos mais o que fazer”, desabafa.
O que diz a Secretaria de Saúde
Procurada pela reportagem do Metrópoles, a Secretaria de Saúde não se manifestou até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para futuras manifestações.
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