O bando de estelionatários alvo da Operação Shark Attack, da Polícia Civil, desencadeada nesta quarta-feira (5/4), mirou nomes importantes dos governos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dar golpes pelo WhatsApp. Os perfis eram montados com fotos atuais de ministros, presidentes de grandes partidos e autarquias federais.
A coluna Na Mira teve acesso às imagens usadas pelos golpistas para enganar as vítimas. Eles chegavam a faturar entre R$ 5 mil e R$ 20 mil por cada investida criminosa. Uma das fotos mais usadas no perfil falso era a do atual ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), onde ele aparece apertando a mão do presidente Lula (PT). Todas as fotos são verdadeiras, mas usadas em perfis que não correspondiam à realidade.
Por meio do esquema fraudulento, os infratores persuadiam as vítimas se passando por autoridades de poderosos órgãos do governo a transferirem valores, os quais eram distribuídos para outras contas.
O bando explorou a imagem do atual presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), biólogo, ambientalista e advogado Rodrigo Antônio de Agostinho Mendonça. Outro número ostentava a imagem do ex-ministro do Turismo no governo Jair Bolsonaro (PL), Gilson Machado Guimarães Neto.
Veja imagens dos perfis falsos usados pela quadrilha:
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A operação
A ação para desarticular a quadrilha ocorreu por meio de parceria entre a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) e a 5ª DP. A Operação Shark Attack cumpriu três mandados de busca e apreensão no estado de origem do grupo — dois em Jaboatão dos Guararapes (PE) e um em Paulista (PE). O principal suspeito da investigação fugiu.
Durante o cumprimento de um dos mandados de busca e apreensão, os policiais constaram que os criminosos agiam a partir de uma central de distribuição de sinal clandestina, em uma comunidade de Jaboatão dos Guararapes. As equipes apreenderam diversos equipamentos de informática ligados à central de distribuição de sinal de internet pirata, e os itens passarão por perícia.
Entre os perfis falsos usados estão nomes como:
- Camilo Santana (PT), atual ministro da Educação;
- Carlos Lupi (PDT), presidente do PDT e atual ministro da Previdência Social;
- Carlos Fávero (PSD), atual ministro da Agricultura e Pecuária;
- Jaques Wagner (PT), senador;
- Rodrigo Agostinho (PSB), atual presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama);
- Valdemar da Costa Neto (PL), presidente do PL e ex-deputado federal;
- Wellington Dias (PT), atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome do Brasil.
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