Principal assessor da ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), o ambientalista João Paulo Capobianco, secretário-executivo da pasta, teve a mais contundente reação dentro do governo às votações do Congresso Nacional que esvaziaram o ministério e desprotegeram o bioma da Mata Atlântica.
Em tom de desabafo, Capobianco fez um discurso de apenas 1 minuto e 14 segundos a servidores do ministério e afirmou que a vida de um socioambientalista sempre foi assim, “dura”, e o que ocorreu no Congresso não irá mudar nada. Ao contrário, só reforça suas convicções.
“Nossa vida de socioambientalista sempre foi marcada por isso. Quanto mais conquistamos, mais a vida fica dura. A vida é dura. E vai contiuar sendo dura. Isso que aconteceu no Congresso não vai mudar nossas vidas. Só vai aumentar nossa convicção, aumentar nossa luta, nosso esforço e nossa ação. Vamos para cima. Vamos trabalhar” afirmou Capobianco ontem, durante posse do presidente do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), Mauro Pires.
O secretário-executivo está sempre ao lado de Marina, como numa audiência pública na Câmara, anteontem, onde permaneceram por cerca de seis horas. Capobianco disse mais e fez uma defesa enfática da ministra.
“Não acabaram com o Ministério do Meio Ambiente. Não acabaram com a ministra Marina Silva, que é uma fortaleza. Não, de jeito nenhum. Vamos trabalhar, continuar agindo. O ICMBio vai bombar. O Ibama vai explodir, no bom sentido. O ministério vai bombar também. E é o seguinte, vamos para cima desse pessoal. Ontem (anteontem) foi um episódio chato, mas não foi definitivo”.
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