DF registra menor índice de analfabetismo do Brasil entre maiores de 15 anos

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O Distrito Federal registrou a menor taxa do Brasil no índice de analfabetismo, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nessa quarta-feira (7/6).

De acordo com o mais recente levantamento da pasta, havia 47 mil pessoas de 15 anos ou mais analfabetas na unidade da Federação, no ano passado. O número corresponde a uma taxa de 1,9%, bem abaixo da média registrada no Brasil – 5,6%. Os piores índices ficaram com Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%).

Assim como no restante do país, o analfabetismo no DF está diretamente associado à idade da população. Ou seja, quanto mais velho o grupo populacional, maior a proporção de pessoas que não sabem ler ou escrever.

Na data em que a pesquisa foi feita, 7,6% da população do DF com 60 anos ou mais – o que representa 27 mil habitantes – disse não ter sido alfabetizada. Ainda assim, o resultado representa uma queda quando comparado ao ano de 2019, quando foram registrados 1,4 pontos percentuais a mais.

Conforme observado pelo estudo, desde 2018, o Distrito Federal tem apresentado queda nas taxas de analfabetismo para todos os grupos etários, especialmente entre os idosos.  Os resultados, segundo o IBGE, “indicam que as gerações mais novas estão tendo maior acesso à educação e sendo alfabetizadas ainda enquanto crianças”.

Na unidade da Federação, em comparação por gênero, 2% das mulheres, de 15 anos ou mais, são analfabetas. Homens na mesma condição representam 1,7% da população. Entre os 60+, a taxa de analfabetismo também é maior entre as mulheres (9,0%) em relação aos homens (5,7%).

Em 2022, na análise por cor ou raça, entre as pessoas brancas de 15 anos ou mais no DF, 1,3% não sabiam ler ou escrever. Já entre pretos ou pardos na mesma faixa etária, o indicador foi de 2,2%.

Para o grupo etário de 60 anos ou mais, a proporção foi de 4,3% para brancos e 10,1% para pretos ou pardos, uma diferença de 5,8 pontos percentuais.

“População altamente escolarizada”

Segundo os dados divulgados pelo IBGE, em 2022, 67,7% da população de 14+ tinha 12 anos ou mais de estudo, sendo o maior percentual entre os estados e acima da média brasileira de 52,3%.

Em relação ao gênero, eram 916 mil mulheres com 12 anos ou mais de estudo na população brasiliense (69,1%) e 791 mil homens (66,1%). “O que indica que o DF tem uma população altamente escolarizada quando comparamos a média nacional”, pontuou o estudo.

Além disso, conforme mencionado na amostra, pessoas com 25 anos ou mais, que terminaram a educação básica obrigatória – ou seja, concluíram o ensino médio – corresponderam a 71,3% da população, em 2022 – maior percentual do país. Moradores no DF com diploma de ensino superior constituíram 37% da população, na mesma data.

Dos mais de 1 milhão de estudantes em 2022, 57% frequentavam o ensino público e 43%, a rede privada – sendo o DF a unidade da Federação com o maior percentual de alunos frequentando estabelecimentos particulares.

Na data em que a pesquisa foi feita, 54,9% das pessoas brancas de 18 a 24 anos estavam estudando, frente a uma taxa de escolarização de 42,4% das de cor preta ou parda. Já na faixa de 25 + a diferença é menor: 9,1% entre os brancos e 7,4% entre os pretos ou pardos.

Entre as pessoas brancas, de 15 a 17 anos, 86,4% estavam no ensino médio ou já tinham completado a etapa, enquanto este número era de 76,0% entre os pretos ou pardos.

Já entre as pessoas negras, de 18 a 24 anos, 38,1% estavam no ensino superior ou já tinham completado esta etapa, frente a 55,5% entre os brancos.

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