Trump se apresenta à Justiça nesta terça em caso de documentos sigilosos

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O ex-presidente dos Estados Unidos (EUA) Donald Trump se apresenta ao Tribunal Federal de Miami, na Flórida, nesta terça-feira (13/6). O republicano responderá às acusações ligadas a retirada de documentos confidenciais e “sensíveis” ao governo da Casa Branca e armazenamento deles na própria mansã0, em Mar-a-Lago. Além de tentar obstruir os esforços das autoridades para recuperá-los.

A audiência está prevista para começar às 15h no horário local (16h em Brasília). Esta é a segunda vez que o ex-presidente comparece a um tribunal para ser formalmente acusado. Em abril, o republicano se tornou réu no caso do suposto esquema de suborno de falsificação de documentos de campanha. Além disso, foi condenado por difamação (relembre mais abaixo).

No entanto, por se tratar de um crime em âmbito federal, a ação ligada aos documentos sigilosos é considerada o mais ameaçadora à possível campanha dele rumo à Presidência em 2024.

No processo em questão, o republicano precisará explicar sobre documentos oficiais encontrados pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) na própria residência, em Mar-a-Lago, na Flórida. Os conteúdos “ultrassecretos” deveriam estar armazenados apenas em instalações oficiais do governo.

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Trump acusa Justiça de ser “corrupta” e diz que acusações são “piadas”

Entre os itens apreendidos pelos agentes federais na residência de Trump estão mais de 100 documentos, entre eles, pastas com fotos e uma carta escrita por Roger Stone, aliado antigo do político norte-americano. Há ainda um material com informações sobre “o presidente da França”, que não teve o teor divulgado.

A defesa do ex-presidente sustenta que todos os registros marcados como sigilosos teriam sido devolvidos ao governo dos Estados Unidos. No entanto, não apresenta provas das alegações.

Advogados pediram demissão

Na sexta-feira (9/6), Trump anunciou mudanças na sua equipe jurídica para os julgamentos na corte americana. O pronunciamento ocorreu depois de dois importantes advogados do republicano informarem que não acompanhariam mais o político nas ações que o acusam de reter documentos confidenciais da Casa Branca.

“Tenho que enfrentar a maior caça às bruxas de todos os tempos”, escreveu o ex-chefe de Estado americano, depois de anunciar Todd Blanche como seu novo advogado. O republicano também anunciou que não pretende desistir da pré-candidatura à Presidência, em 2024.

Fraudes na campanha

Desde que deixou a Casa Branca, em janeiro de 2021, Trump se tornou o primeiro ex-presidente dos EUA a responder formalmente a processos judiciais. O primeiro deles corresponde a suposto esquema de suborno e falsificação de registros de campanha.

A investigação aponta que Trump teria pago pelo silêncio da atriz pornô Stormy Daniels, na tentativa de encobrir um suposto caso extraconjugal com ela. O valor teria sido maquiado por meio de transações realizadas por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, e entregue dias antes de eleição presidencial vencida pelo republicano em 2016.

Em 2018, Stormy Daniels publicou um livro no qual descreveu o suposto caso. Eles teriam se conhecido em um torneio de golfe beneficente, em 2006. A esposa de Trump, Melania, não estava no evento e tinha acabado de dar à luz. O ex-presidente nega ter feito o pagamento ou ter tido relações com a mulher.

Um pagamento em compensação de um acordo de confidencialidade não caracteriza uma infração criminal Estados Unidos. Contudo, a transação teria sido um mês antes das eleições presidenciais, e teria figurado nas contas eleitorais, o que poderia ser considerado uma violação de campanha.

O foco da apuração, porém, não é puramente o pagamento que teria sido feito à atriz. Os promotores investigam os reembolsos feitos pela Organização Trump para o advogado Michael Cohen e possíveis falsificações de registros comerciais, o que é considerado crime. Cohen cumpriu três anos de pena após condenação, em 2018, por irregularidades como evasão de impostos e irregularidades no financiamento de campanha.

Abuso sexual

Em maio, o bilionário foi condenado em processo por difamação contra a escritora escritora e jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la estuprado há décadas.

O caso de abuso sexual veio a público em 2019 quando Carroll lançou o seu livro de memórias e acusou Donald Trump de estupro durante a década de 1990 em uma loja de departamentos de Nova York, nos Estados Unidos.

O republicano negou as acusações e disse que a escritora o acusou com o intuito de vender mais livros. Na época, o bilionário disputava a corrida pela Casa Branca contra o democrata e atual presidente, Joe Biden.

Ele foi condenado por um júri federal de Manhattan, em Nova York (EUA), por abuso sexual e deverá pagar US$ 5 milhões à vítima. Trump escapou da acusação de estupro.

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