Uma efeméride de dar água na boca. Nesta quinta-feira, dia 28 de maio, é comemorado o Dia Mundial do Hambúrguer. De origem alemã, mais precisamente da cidade de Hamburgo — daí a origem do nome –, os bifes de carne foram levados por imigrantes a Nova York no final do século 19 e, desde então, popularizaram-se como recheio de um dos sanduíches mais famosos em todo o mundo, incluindo, é claro, Sorocaba.
Nos últimos anos, a iguaria que reinava sozinha nas gigantes redes de fast food — com produção em escala industrial que pode ser vista no filme “Fome de poder”, que conta a história do McDonald’s, disponível na Netflix — ganhou status de “artesanal” e caiu no gosto dos sorocabanos. Atualmente, existem na cidade pelo menos 179 hamburguerias, de acordo com levantamento de uma plataforma de comida delivery.
Autodeclarado “entusiasta” dos hambúrgueres, o administrador de empresas Carlos Benedetti, de 37 anos, afirma que viu este segmento se transformar significativamente na última década, quando o sanduíche foi atingido em cheio pelo raio gourmetizador. “Antigamente existia muitas pizzarias no sistema de rodízio, depois, vieram os restaurantes de comida japonesa, os mexicanos. Neste momento, estamos vivenciando o boom das hamburguerias artesanais”, constata ele.
Outro dedicado apreciador do sanduíche, o designer gráfico Lucas Delgado, de 33 anos, assinala que há cerca de dez anos Sorocaba tinha “apenas duas ou três lanchonetes que ofereciam o sanduíche feito com o seu próprio blend de carnes frescas, em vez de hambúrgueres industriais e congelados. “Acredito já ter provado por volta de 30 hamburguerias da cidade. Nessa busca o que mais importa sempre é a carne. Um diferencial é se o lugar pergunta qual o ponto da carne, acho primordial”, considera.
Com essa gourmetização, boa parcela dos consumidores passou a substituir, ou pelo menos alternar, os combos das grandes redes pelos hambúrgueres artesanais que, assim como as pizzas, são provas comestíveis de que a criatividade não tem limites. “Hoje temos à disposição uma gama enorme de pequenas hamburguerias artesanais, cada uma com o seu molho especial e com as mais variadas combinações de ingredientes”, comenta Benedetti. A principal novidade do momento são os hambúrgueres vegetais, feito de proteínas, como soja e grão-de-bico, mas com textura, cheiro, cor — e sabor?! — idênticos de hambúrguer feito de carne, que já ganharam o pretencioso apelido de “hambúrguer do futuro”.
Benedetti, que sempre que pode coloca os discos de carne moída de 120 gramas cada para assar na churrasqueira de sua casa, considera que o “hambúrguer perfeito” precisa ter sabor, maciez e suculência na carne, e a crocância do bacon. Com esses critérios, ele afirma que a qualidade dos sanduíches disponíveis em Sorocaba deu um grande salto, mas garante que os melhores que já provou até agora foram os da Rede Five Guys, de Nova York, e do Silver Dinner, em Washington DC, ambos nos Estados Unidos.
Com o isolamento social em virtude da pandemia, o delivery tem sido uma opção para os aficionados que não abrem mão de seu hambúrguer semanal. “Mas não é a mesma coisa de sair direto da chapa, né”, pondera Delgado que, então, tem procurado fazer o próprio sanduíche em casa. Inclusive, sugere, algumas hamburguerias estão aproveitando o momento para vender kits para que o cliente monte o seu próprio sanduíche em casa. (Felipe Shikama)
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