Parentes de Maria da Graça Alves Araújo (foto em destaque), 79 anos, afirmam que a idosa contraiu Covid-19 enquanto aguardava por cirurgia no Hospital Regional de Ceilândia (HRC). A paciente deu entrada na unidade pública de saúde após fraturar o fêmur.
Ao Metrópoles, a filha Tatiana de Fátima Alves afirma que o drama da idosa teve início em 14 de maio. “Ela estava internada após fraturar o fêmur, quando fizeram exames e viram que ela estava com nódulos no pulmão e precisaria tratar de uma pneumonia”, diz.
Diante do diagnóstico de dificuldade respiratória da paciente, um médico da unidade teria aconselhado isolá-la por suspeita de contágio pelo novo coronavírus. “Eu tentei explicar que ela já estava tratando a pneumonia antes de ser internada por conta da fratura. Falei que estavam colocando ela em risco”, detalha Tatiana.
A mulher diz que a mãe testou negativo para Covid-19. “Após o resultado, os médicos voltaram com ela para o pronto-socorro e continuaram com o tratamento, com antibiótico”, afirma.
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Idosa deu entrada no HRC após fraturar o fêmur
Material cedido ao Metrópoles
HRC – hospital regional da ceilandia
A paciente foi encaminhada ao Hospital Regional de Ceilândia
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Hospital Campanha mané garrincha coronavírus pandemia
E depois transferida ao Hospital de Campanha do Mané Garrincha. São R$ 79 milhões para a gestão dos 197 leitos e mais R$ 5 milhões pagos para adaptação da arena que vai receber a estrutura hospitalar
Igo Estrela/Metrópoles
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Maria da Graça Alves Araújo tem 79 anos
Material cedido ao Metrópoles
Hospital Campanha mané garrincha coronavírus pandemia
Espaço no estádio tem 20 leitos de UTI, 173 de enfermaria e quatro de sala vermelha (para reanimação)
Igo Estrela/Metrópoles
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Covid-19
A filha, contudo, contraiu o novo coronavírus enquanto acompanhava a mãe no HRC: “Em 29 de maio, eu passei mal, decidi vir para a casa. Quando comecei a perder o paladar e o olfato, fiz o exame também para Covid-19”.
O resultado positivo para a doença saiu na segunda-feira (08/06). “Provavelmente eu peguei no hospital. Pacientes com Covid-19 estão sendo separados do restante dos pacientes por uma parede. Como tive contato com minha mãe durante o período, ela também contraiu coronavírus”, explica.
Em quarentena desde o resultado do exame, a filha conta que a direção do HRC transferiu a idosa para o Hospital de Campanha do Mané Garrincha e não comunicou a família da realocação.
“Eu só soube por cuidadores dela de que seria transferida para o Mané Garrincha. O hospital tinha como me contatar. Fiquei sabendo por boca de cuidadores [sic]. Agora ela está lá, com perna quebrada em um hospital que não tem ortopedista”, preocupa-se Tatiana. “E eu nem sei se estão sabendo que ela está com a perna quebrada. Ela ainda não fez a cirurgia”, acrescenta.
Com 173 leitos, o Hospital de Campanha do Mané Garrincha é destinado para pacientes menos graves do novo coronavírus. Com a idosa tendo sido internada sem conhecimento da família, Tatiana de Fátima Alves afirma que está “no desespero” para conseguir atualizações sobre o quadro de saúde da mãe.
Outro lado
O Metrópoles acionou a Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) para comentar o caso e aguarda manifestação da pasta.
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