O corpo do músico Ângelo Muraro foi sepultado na manhã de ontem no Cemitério da Saudade, em Sorocaba. Reconhecido como um dos principais incentivadores da seresta na cidade, Muraro faleceu na última quinta-feira, aos 86 anos. Segundo amigos, por conta da pandemia e também a pedido manifestado em vida, não houve velório. A causa da morte não foi divulgada.
Ao lado da esposa, Mazé Muraro, falecida em 2016, Ângelo Muraro foi responsável pelo projeto “Serestas Especiais”, cujas apresentações ocorreram em vários bares da cidade, unindo diferentes gerações de músicos e de apreciadores da música popular brasileira.
Vindo de uma família de músicos, como o bandolinista Nino Muraro e o cantor Olivero Muraro, Ângelo era reconhecido no meio musical como exímio multi-instrumentista e tocava pandeiro, cavaquinho e violão de sete cordas. Empunhando o violão de sete cordas, ele formou na década de 1980 um lendário duo, ao lado do também violonista Ivo Coelho, já falecido.
O compositor sorocabano Joaquim Moreno, que junto com o parceiro João Bid compôs a canção “Anjo Seresteiro”, em homenagem ao amigo, destaca que ao lado da esposa, ele foi responsável pelo resgate das serestas na cidade. “Eles reativaram um movimento que estava quase acabando, que teve muita força há uns 30 anos atrás em um bar chamado Tudo Azul”, comenta. (Felipe Shikama)
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