Denúncia envolvendo grandes bancos internacionais e o receio de uma segunda onda de Covid-19 na Europa derrubaram nesta segunda-feira (22) os mercados mundiais.
A B3, a bolsa de valores de São Paulo, fechou em baixa de 1,32%, aos 96.990 pontos — o menor desde 3 de julho. O dólar, que chegou perto de R$ 5,50, terminou o dia cotado em R$ 5,40, em alta de 0,43% — a maior desde 31 de agosto.
Nos Estados Unidos, as bolsas de Nova York, que já registraram três semanas consecutivas de queda em setembro, tiveram mais perdas.
O Dow Jones recuou 1,84%, para 27.147 pontos; o Standard & Poor’s (S&P) 500 caiu 1,16%, para 3.281 pontos; e o Nasdaq, que reduziu significativamente as perdas no final da sessão, mas recuou 0,13% e terminou em 10.778 pontos.
O índice foi apoiado pela ação da Apple, que subiu mais de 3% depois de ter seu preço-alvo revisado para cima pelo Citi.
O movimento global foi uma reação ao escândalo de suposta movimentação de dinheiro sujo por grandes bancos, entre eles, JPMorgan, Deutsche Bank e HSBC (que negaram envolvimento).
De acordo com uma reportagem de consórcio internacional de veículos de imprensa, mais de US$ 2 trilhões de origem potencialmente ilícita foram transacionados no sistema financeiro internacional por quase duas décadas.
Na Alemanha e Reino Unido, que têm bancos envolvidos no escândalo, os mercados caíram 4,37% e 3,38%, respectivamente.
Além do segmento financeiro, as ações do setor de viagens espelharam outro fator de risco: a possibilidade de uma segunda rodada de lockdown após a retomada da Covid-19. (Estadão Conteúdo)
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