O candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos, Joe Biden, manteve a cautela e não reivindicou formalmente vitória na disputa pela Casa Branca, em pronunciamento de Wilmington (Delaware) no fim da noite de sexta-feira (6/11) – início da madrugada de sábado (7/11) no Brasil. O ex-vice-presidente, porém, fez questão de ressaltar as viradas nos estados da Geórgia e da Pensilvânia e a vantagem de 4 milhões de votos no voto popular: “É muito claro que vamos ganhar”.
O democrata afirmou, entretanto, que não “está esperando para fazer o trabalho”. E anunciou ter tido reuniões com grupo de experts sobre o avanço dos casos de coronavírus no país para definir o plano que porá em andamento para enfrentar a pandemia, nos aspectos de saúde e de recuperação da economia.
“Temos sérios problemas para lidar. Covid, a economia, racismo sistemático e mudança climática. Não temos mais tempo a perder em guerras partidárias”, afirmou Biden.
Ele voltou a pedir calma aos americanos, enquanto todos os votos são contados. “O povo será ouvido”, discursou. E fez uma defesa de superação das divisões: “Nós podemos ser oponentes, mas não somos inimigos”.
Mais cedo, Trump afirmou, em post no Twitter, que Biden “não deve reivindicar indevidamente o cargo de presente”. E justificou: “Os processos judiciais estão apenas começando”.
O republicano tem alegado que, se apenas os votos “legais” fossem contados, ele seria “facilmente” o vencedor. Trump coloca na coluna “ilegais” basicamente todos os votos enviados pelo correio – cerca de 60 milhões nesta eleição em meio à pandemia do coronavírus, majoritariamente para o rival democrata.