O ministro da Saúde da Argentina, Ginés González García, renunciou nesta sexta-feira (19/2) ao cargo, abatido por um escândalo de desvio de vacinas contra a Covid-19, batizado pela imprensa do país de “Vacunatorio VIP (Vacinação VIP)”.
García atendeu a uma ordem do presidente Alberto Fernández, que pediu seu afastamento. Caso o ministro não aceitasse, seria demitido sumariamente.
O chefe do Gabinete da Presidência, Santiago Cafiero, confirmou a decisão de Fernández, após uma reunião de emergência na Casa Rosada, em entrevista à emissora C5N.
Lista VIP
García teria distribuído doses do imunizante contra a Covid-19 para amigos, servidores e secretários de governo que não faziam parte do grupo prioritário de vacinação na Argentina.
Segundo jornais locais, as “vacinas VIP” eram distribuídas dentro da sede do Ministério da Saúde, em um prédio da Avenida 9 de julho, região central de Buenos Aires.
Cerca de 3 mil doses da vacina Sputnik V, imunizante distribuído no país, teriam sido reservadas para a aplicação em funcionários da Saúde e outros escolhidos para integrar essa lista VIP de vacinação.
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