Guedes diz que governo tem medidas ‘engatilhadas’

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Guedes diz que governo tem medidas ‘engatilhadas’
Paulo Guedes falou da antecipação do 13º de aposentados. Crédito da foto: Reprodução / TV Senado

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que o governo tem “engatilhadas” novas medidas para o combate ao recrudescimento da pandemia no Brasil.

Em audiência pública na comissão temporária do Senado que acompanha as medidas de enfrentamento ao coronavírus, Guedes citou a antecipação de benefícios de aposentados e pensionistas, uma nova fase do programa de apoio a micro e pequenas empresas, bem como o relançamento do programa que permite a suspensão de contratos e redução de jornadas e salários.

Guedes disse que, em 60 dias, possivelmente o País terá um cenário completamente diferente com as medidas do protocolo de crise a serem disparadas em sequência.

“Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem o Orçamento hoje (ontem), podemos disparar a antecipação dos benefícios (13º) de aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o coronavírus”, afirmou.

Ele citou também a mudança na regra de cobrança de impostos, para auxiliar pequenos empresários durante o momento mais grave da pandemia: “Da mesma forma, ontem (quarta-feira) anunciamos o diferimento dos impostos do Simples, são milhões e milhões de empresas e trabalhadores que foram atingidos brutalmente com o recrudescimento da pandemia e com o reinício do lockdown.”

O ministro considerou um equívoco a resistência às mudanças no uso de seguro-desemprego para pagar o programa emergencial de manutenção de empregos, o BEm, a trabalhadores que tiverem o contrato suspenso ou o salário reduzido. Aceitou, no entanto, fazer a reformulação do programa, ainda que isso possa acarretar impacto fiscal: “Quem manda é a política. Tenho de aceitar e reformular o programa, então naturalmente tem mais impacto fiscal, um pouco mais de juros, de dificuldade na retomada, mais despesa”.

Guedes informou que o governo segue trabalhando em garantias para micro e pequenas empresas conseguirem captar recursos nos bancos a taxas de juros mais reduzidas. Ele reforçou a ideia de utilizar recursos que sobraram do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI).

Nas contas de Guedes, entre R$ 3 bilhões e R$ 4 bilhões em garantias do fundo público permitiriam um acesso a crédito na faixa de R$ 20 bilhões a R$ 30 bilhões pelas empresas.

“Estamos em cima disso. Com a renovação do Pronampe (programa de apoio a micro e pequenas empresas), usando recursos que não foram usados do FGI, calculamos que com R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões, conseguimos mobilizar entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões para ajudar pequenas e médias empresas”, informou o ministro aos senadores. (Estadão Conteúdo)

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