Um artista plástico brasiliense realizou duas intervenções artísticas em placas de sinalização da Esplanada dos Ministérios. Neste domingo (15/10), ele colou dizeres em vinil e papel cartão sobre a base de letreiros que indicavam o Congresso Nacional e o Museu da República.

As frases “Formação de quadrilha”, “Corrupção ativa” e “O grande acordo nacional” estão em frente à sede do Legislativo. A mensagem “A arte é o que resiste. Censura nunca mais!” ilustra a frente do Museu.

O Metrópoles conversou com o artista, que pediu para não ser identificado com medo de represálias.

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1/3As intervenções podem passar despercebidas, uma vez que são das mesmas cores que as placas originaisRafaela Felicciano/Metrópoles

2/3As frases em frente ao Congresso foram retiradas da denúncia do Ministério Público contra Michel Temer e dos áudios em que o presidente conversa com Romero JucáRafaela Felicciano/Metrópoles

3/3Ele é contra o fechamento do “Queermuseu” e critica a censuraRafaela Felicciano/Metrópoles

Tudo começou com uma primeira ação, feita em uma das placas da Universidade de Brasília (UnB), próximo ao auditório Dois Candangos da Faculdade de Educação (FE). O nome do local homenageia dois operários mortos durante a construção da capital, Expedito Xavier Gomes e Gedelmar Marques. De acordo com o executor, seria importante citar os nomes dos trabalhadores. Então, ele colou na placa os dizeres “Auditório Expedito e Gedelmar”.

Esplanada
O artista afirma que não pretende retirar sua arte do local. Por se tratar de uma colagem, a intervenção pode ser rapidamente removida. A base grudada sobre a placa é de papel com vinil marrom e branco para as letras.

Para ele, o mais importante é suscitar o debate livre, sem ideias rasas. Para muitas pessoas, a Esplanada dos Ministérios é um local de trânsito diário e a intenção é captar os transeuntes e propor uma reflexão.